Rússia estaria pronta para 'guerra comercial' iniciada pelos EUA?

© AFP 2023 / Alexander NemenovMoeda de rublo em frente ao Kremlin, em Moscou
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O reforço de novas sanções contra a Rússia significa declaração de guerra comercial, declarou o premiê russo, Dmitry Medvedev. Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político, Ildus Yarulin, notou que poucos saem vitoriosos de uma guerra dessas.

O futuro reforço das sanções contra a Rússia pode ser considerado como declaração de guerra econômica, afirmou o primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev.

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O primeiro-ministro adiantou que se proibirem atividade de bancos ou uso de qualquer moeda, então se pode falar sobre declaração de guerra econômica, a qual a Rússia deverá reagir com métodos econômicos, políticos e, se necessário, com outros. "Nossos amigos norte-americanos devem entender isso", reforçou.

Dmitry Medvedev lembrou que as sanções contra Moscou já foram introduzidas antes e diversas vezes para expulsar a Rússia do círculo de concorrentes poderosos na arena mundial.

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político, Ildus Yarulin, destacou que os EUA nem pensam nas consequências econômicas quando introduzem novas sanções.

"Trata-se, primeiramente, da luta política dentro dos EUA. A russofobia nos EUA é muito estimulada, e agora estão usando isso — quem vai falar mais alto sobre as sanções. As eleições primárias em vários estados mostram que os republicanos ainda não têm com o que se contentar. Por enquanto é cedo dizer que as suas posições no Senado e Congresso serão fortes. E, infelizmente, a carta antirrussa é jogada por todos", disse Yarulin.

De acordo com o cientista político, poucos saem ganhando da pressão das sanções.

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"Não precisa nem duvidar que as sanções vão afetar a Rússia, não são ameaças fatais, mas podem frear solução de algumas tarefas econômicas e afetar o desenvolvimento social do país, especialmente, se introduzirem o segundo lote de sanções ligado à atividade da nossa estrutura financeira. Claro que a Rússia está pronta e não foi por acaso que o governo retirou o dinheiro investido nos ativos norte-americanos. Acho que a União Europeia vai se juntar às sanções. Porque está em curso uma guerra não declarada. Mas uma guerra prejudica ambas as partes — e poucos saem ganhando. Por outro lado, a guerra é declarada não só contra nós, mas também contra a China. E veremos até que ponto o BRICS está pronto para suportar as sanções em conjunto. Se seguirem o mesmo rumo, a pressão das sanções se enfraquecerá", conclui.

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