Judeus ultraortodoxos confrontam polícia contra serviço militar de Israel (FOTO, VÍDEOS)

© AP Photo / Ariel SchalitPolícia israelense briga com judeus ultraortodoxos enquanto bloqueiam estrada principal durante protesto contra o recrutamento militar israelense, em Jerusalém, 19 de outubro de 2017 (foto de arquivo)
Polícia israelense briga com judeus ultraortodoxos enquanto bloqueiam estrada principal durante protesto contra o recrutamento militar israelense, em Jerusalém, 19 de outubro de 2017 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Cerca de 20 ativistas foram presos na cidade israelense de Bnei Brak, depois que centenas de judeus ultraortodoxos entraram em um confronto com a polícia por causa da recente prisão de um estudante da yeshivá (instituições que incidem sobre o estudo de textos religiosos tradicionais), que tentou escapar do serviço militar.

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Aproximadamente 500 membros da facção radical de Jerusalém tomaram as ruas de Bnei Brak na segunda-feira (6), causando confusão no trânsito.

Durante a manifestação, os organizadores instruíram seus seguidores a continuar o legado de seu fundador e líder espiritual, o falecido rabino Shmuel Orbach, que pediu aos judeus ultraortodoxos para "sacudir as fundações do mundo" devido à prisão de um estudante de yeshivá que se recusou a aparecer no centro de recrutamento das Forças de Defesa de Israel.

Gritando "preferimos morrer a ser recrutados" em hebraico e acenando com cartazes dizendo "nação perseguidora de religião", os manifestantes exigiram a libertação de Nissan Rada, que foi colocado na prisão militar na semana passada por não cumprir as obrigações estabelecidas pelo projeto de lei militar.

​Apelos contra o recrutamento e o comportamento desordeiro irromperam em confrontos com a polícia, enquanto as forças de segurança usavam jatos de água para impedir o bloqueio da rodovia, que atravessa a área. A polícia foi vista arrastando os manifestantes depois que eles se recusaram a sair das ruas e começaram a vandalizar a propriedade. Pelo menos 19 prisões foram efetuadas.

"Não vamos permitir o distúrbio da paz e agiremos com determinação contra qualquer incidência de violência", noticiou a polícia.

​O Comitê para Salvar o Mundo da Torá, que organizou o protesto, divulgou uma declaração prometendo combater a "apostasia e destruição" da Torá pelas autoridades israelenses.

​"Os estudantes da yeshivá continuarão a não comparecer à junta militar até que o estado anterior das coisas, principalmente a isenção de todos os estudantes da yeshivá, seja restaurado", disse o comunicado.

Para a maioria dos israelenses, o serviço militar é obrigatório. Judeus ultraortodoxos, que compõem cerca de 10% da população israelense, podem adiar o recrutamento enquanto estudam em escolas religiosas. No entanto, o serviço militar continua sendo uma questão controversa, pois independentemente de estarem estudando, eles ainda devem se registrar ao serviço de recrutamento. Não fazê-lo muitas vezes resulta em prisões, que esporadicamente provocam protestos em massa.    

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