Departamento de Estado dos EUA abre nova linha ofensiva contra Rússia, diz politólogo

© AP Photo / J. Scott ApplewhiteEdifício do Departamento de Estado dos EUA em Washington
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A embaixada russa nos Estados Unidos condenou o Departamento de Estado por sua "diplomacia do megafone". Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político Andrei Manoilo compartilhou sua opinião sobre o que está por trás das ações do departamento de política externa norte-americano.

O ministro-conselheiro da Embaixada da Rússia nos EUA, Dmitry Zhirnov, foi convocado pelo Departamento de Estado norte-americano, informou a porta-voz oficial desta entidade Heather Nauert em seu Twitter.

Segundo ela, o secretário de Estado adjunto para Assuntos Europeus e da Eurásia, Wess Mitchell, convocou Zhirnov devido à alegada política "agressiva" de Moscou em relação a Washington. A porta-voz da diplomacia americana disse que eles esperam de Zhirnov um comentário "sobre as tentativas do Kremlin de usar redes sociais para propaganda da violência e da divisão nos Estados Unidos", acrescentando que os EUA "não vão tolerar esta interferência agressiva".

Comentando a convocação de Zhirnov ao Departamento de Estado, a embaixada da Rússia lamentou o fato, dizendo que os EUA estão entrando em uma "diplomacia do megafone".

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A embaixada expressou sua perplexidade sobre que resposta acerca de "interferência" se pode dar, "se por princípio o próprio objeto de acusação não existe", recordando que a Rússia tem repetidamente desmascarado durante dois anos a absoluta falta de fundamento para tais insinuações.

Foi declarado pela embaixada que o Departamento de Estado colabora de fato com aquelas forças no establishment americano que promovem em seus próprios interesses o tópico da "intervenção russa" no processo político dos EUA.

Durante a entrevista concedida à Rádio Sputnik, o doutor em ciências políticas e professor da Universidade Estatal de Moscou, Andrei Manoilo, compartilhou sua opinião sobre as reais intenções das ações do Departamento de Estado dos EUA.

"Os Estados Unidos passaram a mais uma ofensiva no caso da mítica intervenção russa. O protesto, que foi entregue pelo Departamento de Estado ao encarregado de negócios interino da Rússia nos Estados Unidos, de fato, corresponde à linha geral da política externa agressiva que os Estados Unidos desenvolveram recentemente contra a Federação da Rússia relativamente a este caso. Agora os americanos afirmam que é precisamente através das redes sociais que os "agentes de influência russos" criam uma opinião pública nos EUA", ressalta o politólogo.

"Pela lógica das ações deles, aparentemente, pode-se esperar que o próximo passo seja a introdução de sanções, e depois eles começarão a conduzir operações ativas — operações de guerra de informação. Ou seja, isto é o início de uma ofensiva séria, e será leviano considerar que é apenas mais uma saída ridícula do Departamento de Estado. Isto é o início de um ataque muito sério à Rússia. Isto é apenas mais uma linha da ofensiva agressiva contra a Rússia e contra Trump e sua administração", afirmou Manoilo.

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A investigação da alegada "interferência russa" nas eleições americanas, bem como dos alegados "laços" do presidente norte-americano com a Rússia, refutados pela Casa Branca e pelo Kremlin, está sendo conduzida pelo promotor especial Robert Mueller. Apesar de já durar mais de um ano, não foi apresentada nenhuma evidência de qualquer "intervenção".

A Rússia rejeitou por muitas vezes as acusações de ter tentado influenciar as eleições em vários países. O secretário de imprensa do presidente russo, Dmitry Peskov, chamou-as de "absolutamente não fundamentadas". Enquanto o chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou que não há nenhum fato que confirme a suposta interferência.

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