Analista adverte sobre cenário apocalíptico para Ucrânia após eleições

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Na medida que se aproximam as eleições presidenciais e da Suprema Rada, a Rússia vai usar cada vez mais recursos para obter o controle político e econômico sobre a Ucrânia, disse em entrevista à edição Fakty.ua o especialista militar ucraniano Aleksei Arestovich.

De acordo com ele, se nas eleições vencer um "candidato pró-russo", o país vai perder a independência.

Presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, e o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, Viktor Muzhenko no polígono, acompanhando os testes dos sistemas de mísseis antitanque Javelin, Ucrânia, 22 de maio de 2018 - Sputnik Brasil
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"Agora muitos querem que [Pyotr] Poroshenko saia. Posso dizer com certeza absoluta: os outros candidatos, com exceção de Poroshenko, são a Rússia, infelizmente. Se vencer alguém que não seja Poroshenko, vão ser avançandas ideias sobre o início da guerra em Donbass por parte do 'regime' de Poroshenko, vão começar a reconciliar a Rússia e a Ucrânia. Afinal Putin vai obter uma Ucrânia prontinha dentro de um ou dois anos. Com a realização de tal cenário, o nosso país se tornaria muito dependente da Rússia: vão nos obrigar a comprar gás, petróleo e armas russas. Assim, a Ucrânia vai perder a sua independência", disse ele citado pela edição.

"A situação será horrível: o Kremlin vai desestabilizar ativamente a situação, em especial o Sul", opina Arestovich.

Ele também nota que a Rússia vai substituir os "métodos militares" de pressão por métodos políticos.

"Os confrontos em Donbass vão continuar, mas para primeiro plano sairão os políticos pró-russos. Eles vão agravar a situação, acusando de tudo as autoridades ucranianas, e dizer: 'A Ucrânia não é nosso inimigo'", adiciona.

De acordo com ele, a única hipótese que pode ajudar a Ucrânia a "sobreviver" e continuar seu desenvolvimento pró-europeu, é a manutenção de Poroshenko na presidência, todos os outros cenários implicam que a Ucrânia se torne "um vizinho fraco que não pode viver sem os laços com a Rússia", concluiu.

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