Guerra econômica na Venezuela tem dias contados, diz vice-presidente

© REUTERS / Carlos Garcia RawlinNotas venezuelanas de bolívar
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O novo programa de recuperação financeira a ser aplicado pelo governo venezuelano porá fim à guerra econômica desencadeada pelos EUA contra o país, disse durante uma coletiva de imprensa o vice-presidente venezuelano para a área econômica, Tareck El Aissami.

"A guerra econômica, a guerra dos preços, a brutal e criminosa especulação, têm o seu tempo e o seu fim. Em 20 de agosto enterraremos, se Deus quiser, todas as formas e expressões de boicote", declarou ele.

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O vice-presidente indicou que o programa, anunciado em 25 de julho pelo chefe de Estado, Nicolás Maduro, visa consolidar o socialismo na Venezuela.

"Estas medidas ou este programa econômico vão lançar as bases para o nascimento definitivo da [nossa] independência e soberania econômica", afirmou ele.

Quanto à eliminação de cinco zeros da divisa venezuelana, o bolívar, El Aissami explicou que se trata de um dos elementos estruturais do programa de crescimento econômico, reafirmando que o bolívar será vinculado à criptomoeda denominada petro.

Ele também declarou que se reuniu com representantes dos bancos públicos e privados para explicar as novas medidas tomadas pelo governo. O vice-presidente ordenou aos bancos que aumentem as transações digitais para reduzir o uso de cédulas. 

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Quanto à proposta da nova lei para a eliminação de ilícitos cambiais, enviada por Maduro à Assembleia Constituinte da Venezuela, Aissami disse que se busca promover os investimentos estrangeiros e permitir as operações cambiais na Venezuela.

Em 25 de julho o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que o país vai remover cinco zeros de sua moeda para conter a inflação galopante. Além disso, Caracas planeja vincular o bolívar venezuelano à criptomoeda petro, respaldada por petróleo.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a inflação na Venezuela atinja 1.000.000% até ao final deste ano. A organização internacional compara a situação venezuelana com a da Alemanha logo após o fim da Primeira Guerra Mundial ou à do Zimbábue no fim dos anos 2010.

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