Pyongyang estaria 'frustrada' por demora na assinatura de Tratado de Paz com Coreia do Sul

© AP Photo / Korea Summit Press PoolO líder norte-coreano Kim Jong-un, à direita, fala com o presidente sul-coreano Moon Jae-in na vila fronteiriça de Panmunjom na Zona Desmilitarizada.
O líder norte-coreano Kim Jong-un, à direita, fala com o presidente sul-coreano Moon Jae-in na vila fronteiriça de Panmunjom na Zona Desmilitarizada. - Sputnik Brasil
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As Coreias do Sul e do Norte estão legalmente em guerra desde 1950, já que nenhuma das partes assinou um tratado de paz. O acordo de armistício coreano de 1953, no entanto, previa a suspensão de hostilidades abertas e uma linha fixa de demarcação com uma zona-tampão.

Em uma entrevista para o South China Morning Post, o presidente do Conselho Coreano para Reconciliação e Cooperação, Kim Hong-gul disse que Pyongyang expressou seu desapontamento com a demora para assinar a declaração oficial para acabar oficialmente com a Guerra da Coreia.

"As autoridades norte-coreanas disseram que estão frustradas com o atraso e perguntaram se há uma razão válida para esse progresso lento", disse ele, citando a posição de Pyongyang após fazer concessões significativas a Seul e esperado ações recíprocas em troca.

Kim também disse que a Coreia do Norte inicialmente queria um tratado de paz, mas "agora estão pedindo uma declaração de fim de guerra" para acelerar o processo de desnuclearização na Península Coreana.

Em maio, o serviço de imprensa do gabinete presidencial sul-coreano informou que a China e a Coreia do Sul cooperariam estreitamente para chegar a um tratado de paz permanente entre Seul e Pyongyang.

Moon Jae-in (à esquerda), presidente da Coreia do Sul aperta a mão de Xi Jinping (à direita), presidente da China durante encontro do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC). - Sputnik Brasil
Pequim e Seul se alinham por acordo de paz entre as Coreias
Durante negociações de alto nível entre o presidente sul-coreano Moon Jae-in e seu homólogo norte-coreano, Kim Jong-un, ambos lados prometeram trabalhar juntos até o fim de 2018 para encerrar oficialmente a Guerra da Coreia. Até hoje há apenas um armistício, assinado em 1953 o que deixa as duas porções da península tecnicamente guerra até hoje.

O documento estipula que Seul e Pyongyang devem conseguir isso por meio de conversas trilaterais entre o Norte, o Sul e os EUA, ou conversas entre quatro países, incluindo a China.

Fim da Guerra da Coriea

No início de abril, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in afirmou acreditar que  "devemos acabar com o armistício que durou 65 anos e avançar para a assinatura de um tratado de paz através da declaração do fim da guerra".

Sua fala foi ecoada pelo conselheiro de segurança sul-coreano Chung Eui-yong. Em declaração à imprensa, o oficial afirmou que Seul considerava assinar um potencial tratado de paz com o Norte se Pyongyang desistisse de suas armas nucleares.

"Estamos examinando a possibilidade de substituir o acordo de armistício coreano por um tratado de paz", ressaltou.

A bandeira da República da Coreia em Seul (Coreia do Sul) - Sputnik Brasil
Governo sul-coreano estuda tratado de paz com a Coreia do Norte
Após a cúpula de 12 de junho entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e Kim Jong-un, em Cingapura, os dois líderes assinaram um acordo que prevê a desmobilização da Coreia do Norte em troca do congelamento dos exercícios militares sul-coreanos.

Pyongyang anunciou repetidamente que pretende substituir o armistício por um tratado de paz, enfatizando que o acordo de 1953 deveria ser uma medida transitória.

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