Imprensa: presidente do Equador diz que Julian Assange deve deixar a embaixada de Londres

© REUTERS / Peter NichollspeWikiLeaks founder Julian Assange is seen on the balcony of the Ecuadorian Embassy in London, Britain, May 19, 2017
WikiLeaks founder Julian Assange is seen on the balcony of the Ecuadorian Embassy in London, Britain, May 19, 2017 - Sputnik Brasil
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O Equador falou com o governo britânico sobre a situação em torno do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que atualmente reside na embaixada do país latino-americano em Londres, disse nesta sexta-feira (27) o presidente equatoriano Lenin Moreno, informa a Reuters.

Durante um discurso em Madri, Moreno afirmou que Assange terá que finalmente deixar a embaixada onde ele mora desde 2012, relata a agência.

"Isso é até mesmo uma violação aos direitos humanos, quando uma pessoa permanece isolada por muito tempo", disse Moreno durante briefing em Madri.

As especulações sobre o destino de Assange começaram depois que o jornal The Sunday Times reportou sobre a discussão de altos funcionários do Equador e do Reino Unido de retirar Assange da embaixada após revogar seu asilo. Uma fonte próxima ao fundador de WikiLeaks também contou à Reuters que a situação estava chegando ao fim.

Há alguns meses a imprensa tem especulado que Equador estava se preparando para revogar asilo ao denunciante mais procurado do mundo, depois que a então chanceler equatoriana María Fernanda Espinosa ter dito que seu governo e o Reino Unido tinham "a intenção e o interesse na resolução da situação".

O fundador da Wikileaks, Julian Assange, falando na varanda da embaixada do Equador em Londres (Foto de arquivo) - Sputnik Brasil
'Refúgio não é para sempre': Chanceler equatoriano indica fim de asilo a Julian Assange
Em junho, o novo ministro das Relações Exteriores do Equador, José Valencia, sugeriu que o refúgio de Assange não pode durar para sempre, acrescentando que o país tentou resolver o problema.

O fundador do portal denunciador mora na embaixada do Equador em Londres desde 2012 para escapar de uma possível extradição para a Suécia, onde foi acusado de estupro e agressão sexual.

A promotoria sueca abandonou o caso em maio do ano passado, mas o fundador do WikiLeaks segue na embaixada por temer ser preso ao deixar o local e ser extraditado para os Estados Unidos, onde enfrentará acusações de espionagem por vazamento de milhares de documentos secretos sobre operações militares americanas, incluindo no Iraque e no Afeganistão.

Segundo The Guardian, o Equador gastou cerca de 5 milhões de dólares com uma operação de inteligência clandestina para recrutar agentes secretos para vigiarem visitantes de Assange. A operação teria sido aprovada pelo ex-presidente equatoriano Rafael Correa e pelo ex-chanceler Ricardo Patino.

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