Palestina vai rejeitar EUA como mediador unilateral em negociações de paz no Oriente Médio

© AFP 2023 / Ahmad Gharabli Bandeira nacional israelense que voa ao lado de um local de edifício israelita de unidades de alojamento novas no estabelecimento judaico de Shilo na Cisjordânia palestina ocupada.
Bandeira nacional israelense que voa ao lado de um local de edifício israelita de unidades de alojamento novas no estabelecimento judaico de Shilo na Cisjordânia palestina ocupada. - Sputnik Brasil
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A Palestina vai considerar os Estados Unidos como mediador nas negociações do conflito com Israel apenas como parte de uma iniciativa de paz russo-americana ou como membro do Quarteto do Oriente Médio, disse o embaixador da Palestina na Rússia Abdel Hafiz Nofal à Sputnik nesta sexta-feira.

"Nós recusamos o plano americano e sua mediação. Durante o encontro com o presidente [russo] Putin, o presidente [palestino] [Mahmoud] Abbas informou que a Palestina recusou a iniciativa americana unilateral. Se vamos iniciar negociações, e nós estamos prontos para lançá-las a partir de amanhã, insistimos em um novo parceiro de mediação. Acreditamos que tanto o Quarteto quanto a Rússia e os Estados Unidos juntos devem liderar esta rodada de negociações", disse Nofal.

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O diplomata observou que Israel estava intencionalmente evitando qualquer possibilidade de reunião com palestinos desde 2016, quando a Rússia apresentou uma proposta para organizar uma cúpula pela primeira vez.

"Desde 2016, quando a Rússia criou a iniciativa de organizar uma reunião entre Abbas e Netanyahu, Israel está fazendo de tudo para evitá-lo. A final da Copa do Mundo foi outro possível ponto de encontro, mas Netanyahu só veio para a semifinal", disse ele.

A imprensa israelense informou na quinta-feira que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu recusou a oferta da Rússia de sediar uma reunião entre os líderes israelense e palestino, esperando a Casa Branca revelar seu tão aguardado plano de paz no Oriente Médio. Durante sua campanha presidencial e depois de se tornar presidente dos EUA, Donald Trump prometeu tomar medidas para resolver o conflito entre Israel e a Palestina, além de encarregar o genro, o conselheiro sênior Jared Kushner, de elaborar um plano que pudesse trazer paz à região.

O processo de solução para o Oriente Médio sofreu um duro revés em dezembro passado, quando os Estados Unidos decidiram reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. A medida foi condenada pelos estados árabes e foi rejeitada pelos estados europeus. A Palestina respondeu recusando-se a deixar os Estados Unidos continuarem como o principal mediador nas negociações de paz com Israel.

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