Japão executa membros de culto que fez ataque com gás sarin no metrô

© Sputnik / Acessar o banco de imagensShoko Asahara, membro do culto Aum Shinrikyo.
Shoko Asahara, membro do culto Aum Shinrikyo. - Sputnik Brasil
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O Japão executou mais seis membros do culto por trás do mortal ataque sarin em 1995 no metrô de Tóquio, informou a mídia local semanas após o enforcamento do líder do grupo.

A emissora pública NHK e outros veículos disseram que os seis membros do culto Aum Shinrikyo que estavão no corredor da morte foram executados na manhã desta quinta-feira (26). Não há confirmação oficial até o momento.

As execuções acontecem depois que as autoridades enforcaram o "guru" Shoko Asahara e seis de seus antigos seguidores no começo do mês, depois de anos no corredor da morte.

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Se confirmadas, as execuções traçariam uma linha após anos de disputas legais sobre o grupo e seus crimes.

O Japão é um dos poucos países desenvolvidos a empregar a pena de morte. Apesar das críticas, a população local apoio o emprego da pena capital.

A mídia local disse que as autoridades queriam executar todos os membros da Aum no corredor da morte antes que o imperador do país abdicasse no próximo ano, o que dará início a uma nova era imperial.

O culto Aum Shinrikyo ganhou infâmia internacional com o ataque sarin de 1995 no metrô de Tóquio durante a hora do rush, que matou 13 pessoas e feriu outras milhares de pessoas.

Membros do grupo lançaram o produto químico em forma líquida em cinco pontos através da rede de metrô, e logo os passageiros começaram a lutar para respirar, cambaleando nos trens com os olhos lacrimejando.

Outros se curvaram, espumando pela boca, com o sangue escorrendo de seus narizes.

O ataque mergulhou a capital no caos, e provocou uma repressão na sede do culto no sopé do Monte Fuji, onde as autoridades descobriram uma fábrica capaz de produzir sarin suficiente para matar milhões.

Treze membros do culto passaram anos no corredor da morte, enquanto os promotores continuavam a investigar seus crimes, e alguns ativistas se opunham às execuções, temendo que os membros fossem elevados ao status de mártires.

Um homem que foi ferido no ataque ao metrô sarin disse à AFP que sentiu que "o mundo ficou um pouco mais brilhante" quando ouviu notícias sobre as execuções.

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Asahara desenvolveu seu culto na década de 1980, e em determinado momento o "guru" teve pelo menos 10 mil seguidores, incluindo os médicos e engenheiros que produziam os agentes químicos de suas armas químicas.

Apesar da repressão ao Aum, nunca foi formalmente proibido. O grupo foi rebatizado como Aleph e especialistas dizem que o ex-guru manteve uma forte influência antes de sua execução.

A mídia local informou que as cinzas seriam espalhadas no mar para evitar a criação de um local de peregrinação para os seguidores de Asahara.

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