Astrônomos descobrem 'irmã maior' da Via Láctea devorada por Andrômeda

CC0 / skeeze/Pixabay / A galáxia Andrômeda
A galáxia Andrômeda - Sputnik Brasil
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A galáxia de Andrômeda é de fato a vizinha mais próxima da Via Láctea que, segundo opinam os cientistas, colidiu com outra galáxia enorme há dois bilhões de anos e a despedaçou em partes, cujos vestígios até hoje se encontram no espaço.

"Foi chocante perceber que a nossa galáxia tinha uma irmã tão grande e nunca soubemos disso anteriormente, mesmo depois de anos estudando o Grupo Local, que inclui Andrômeda, Via Láctea e companheiras próximas", afirmou o professor de astronomia na Universidade de Michigan, Eric Bell.

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Os dois membros mais maciços do grupo são a Via Láctea e a galáxia de Andrômeda. Estas são duas galáxias espirais e cada uma tem um sistema de satélites.

A nebulosa de Andrômeda é uma galáxia espiral localizada a cerca de 2,5 milhões de anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação de Andrômeda. Segundo recentemente se revelou, essa galáxia está se aproximando da Via Láctea e colidirá com ela nos próximos quatro bilhões de anos.

Acreditava-se que a nebulosa de Andrômeda seria a vencedora nessa "guerra de galáxias", visto que contem três vezes mais estrelas e sua massa é duas ou três vezes maior que a da nossa galáxia. No entanto, o recente estudo que usa outro sistema para medir pesos, revela que sua massa na verdade, é significativamente menor do que pensaram os cientistas.

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Além disso, Eric Bell e seu colega Richard D'Souza descobriram que essa futura colisão — entre Via Láctea e nebulosa de Andrômeda — não será a única na história. De acordo com seu estudo publicado na revista Nature Astronomy, há aproximadamente dois bilhões de anos ela já despedaçou uma grande galáxia elíptica, que ocuparia o terceiro lugar na lista de galáxias maiores no Grupo Local. Assim, a nebulosa de Andrômeda recolheu os elementos pesados, inclusive metais, necessários para formar suas regiões fronteiriças.

Os astrônomos supõem que até hoje no espaço são preservados os vestígios da galáxia devorada — a M32. Em particular, seu núcleo continua existindo, composto principalmente por um enorme buraco negro e um grande número de estrelas jovens.

Os cientistas acreditam que as futuras pesquisas permitirão entender o que provocou o cataclismo e que destino espera a nossa galáxia.

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