Acordo entre Mercosul e Aliança do Pacífico fortalece a América Latina, diz especialista

© Alan Santos/PRFoto oficial da Cúpula do Mercosul
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O presidente Michel Temer participou nesta terça-feira da Reunião de Chefes de Estado do Mercosul e da Aliança do Pacífico, em Puerto Vallarta, no México.

No encontro, os países firmaram o compromisso de aprofundar a relação comercial entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico objetivando a busca de um eventual acordo de livre comércio.

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Em entrevista à Sputnik Brasil, Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais, especializada em políticas das Américas, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), disse que a cúpula realizada no México é uma forma dos países latino-americanos se fortalecerem.

"É uma oportunidade dos países da América Latina começarem a dinamizar as relações entre si para evitar turbulências internacionais. Então essa reunião tem um sentido principalmente político de demonstrar que há uma vontade dos países de ampliar a participação em comércio", disse Denilde.

O presidente do Brasil demonstrou otimismo com o avanço da parceria com a Aliança do Pacífico. "Nas várias manifestações dos presidentes dos países verificamos um grande entusiasmo", disse Temer a jornalistas.

O presidente destacou que nas discussões houve avanços nas áreas de cooperação econômica, de turismo e acadêmica.

Denilde Holzhacker pondera que os países da América Latina, em sua maioria, estão passando por transições de governo.

"Inclusive essa cúpula já mostrou isso, ela está esvaziada em termos de perspectiva de poder de decisão. Um dos exemplos disso é o fato do novo presidente eleito no México, Andrés Manuel López Obrador, não estar participando", afirmou.

Porém um acordo de livre comércio só estaria completo se fosse construída alguma ligação física entre os países dos dois blocos. Em 2017, o Brasil deu sinal verde ao projeto de construção do trem bioceânico, também conhecido como Ferrovia Transoceânica, com financiamento da Alemanha e da Suíça, que beneficiará o comércio de cinco nações sul-americanas: Bolívia, Peru, Paraguai, Uruguai e Brasil.

"Há a perspectiva de que é necessário fazer essa integração física, a gente já avançou em alguns pontos, o ponto entre Brasil e Argentina, um pouco com a Bolívia, mas esse avanço esbarra em algumas divergências sobre o trajeto, licenças ambientais e outras séries de questões locais que tem que ser negociadas", disse Denilde.

A Aliança do Pacífico foi estabelecida em 2011 com o objetivo de integrar Chile, Colômbia, México e Peru. Dos quatro países que compõem o bloco, apenas o México não tem acordo de livre comércio com o Brasil.

O Mercado Comum do Sul (Mercosul) — Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai — tem como estados associados o Chile, Peru, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname. A Bolívia está em processo de adesão ao bloco.

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