Especialista: Rússia tem vantagem sobre EUA em certos produtos militares

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Lançamento do novíssimo míssil russo Avangard - Sputnik Brasil
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Vídeos com as novas armas russas causaram "muita preocupação" entre os militares norte-americanos, segundo a mídia europeia. O especialista militar Boris Rozhin notou que essa preocupação não é infundada.

Na semana passada, o Ministério da Defesa da Rússia publicou pela primeira vez uma série de vídeos com as novíssimas armas russas que foram apresentadas pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 1º de março. De acordo com o artigo publicado por Marco Maier na edição australiana Contra Magazin, isso causou uma "grande preocupação" entre os militares estadunidenses, já que eles não têm nada para contrapor a esses produtos.

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Em particular, o míssil de cruzeiro Burevestnik, com alcance quase ilimitado e que porta uma ogiva nuclear, é invulnerável para todos os sistemas de defesa antiaérea e antimíssil, informou o ministério.

A general Lori Robinson, chefe do Comando do Norte das Forças Armadas dos EUA, citada pela edição, ressaltou: "A Rússia pôs como prioridade o desenvolvimento de novíssimos mísseis de cruzeiro capazes de atingir alvos na América do Norte a maiores distâncias do que antes".

O autor do artigo sublinha que os mísseis são perigosos para os EUA porque para os sistemas de radar é difícil detectar o seu lançamento e conclui que assim a Rússia mostra aos EUA que pode criar equipamento militar competitivo, e até mais avançado, sem gastar imenso dinheiro com isso.

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o analista militar Boris Rozhin comentou a situação.

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"A Rússia mostra que é capaz não só de competir com os EUA na esfera das armas de alta tecnologia ofensivas e defesivas, mas também que hoje em dia possui uma certa vantagem ligada, por exemplo, à elaboração de armas hipersônicas, onde os EUA só agora tentam recuperar o atraso. Os últimos relatórios analíticos e discussões no Comitê da Defesa do Senado mostram que a preocupação dos americanos está ganhando um caráter prático, e para esta esfera vai ser alocado dinheiro para dar uma resposta adequada às novíssimas armas russas. A Rússia é percebida como uma das duas maiores ameaças tecnológicas ao domínio dos EUA, junto com a China, isso já está refletido nos documentos-chave do Pentágono e da Casa Branca. Por isso, nos próximos anos vamos evidenciar tentativas dos EUA, a custo do aumento do orçamento de defesa, para restaurar a antiga supremacia que eles tinham depois do fim da guerra fria", explicou Boris Rozhin.

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