Pentágono teria sido pego de surpresa com acordos militares anunciados por Trump com Putin

© AP PhotoVista aérea do prédio pentagonal de cinco lados, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, em Arlington, Virgínia.
Vista aérea do prédio pentagonal de cinco lados, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, em Arlington, Virgínia. - Sputnik Brasil
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O Pentágono teria sido pego de surpresa após declarações feitas por Moscou, sugerindo que os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin chegaram a acordos militares durante a cúpula em Helsinque no início da semana passada.

O encontro entre os presidentes na Finlândia, porém, ainda causa desgaste doméstico para Trump. O secretário da Defesa, Jim Mattis, supostamente não compareceu à reunião do Gabinete desta semana e preferiu ficar fora dos holofotes durante a viagem de Trump para a Europa.

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Apenas dois dias após a cúpula, Mattis, um crítico da Rússia, escreveu uma carta ao presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, John McCain pedindo que os parlamentares negociem uma lei fiscal de 2019 para permitir que o Departamento de Estado suspenda as compras de equipamento militar russo por aliados e parceiros.

"Como impomos custos necessários e bem justificados à Rússia por seu comportamento maligno, ao mesmo tempo em que há uma necessidade imperiosa de evitar danos intencionais significativos a nossos interesses estratégicos nacionais de longo prazo?", citou um trecho da carta de Mattis.

A Reuters informou ainda, citando dois oficiais dos EUA falando sob condição de anonimato, que o secretário de Defesa estava pronto para manter negociações com seu colega russo, Sergei Shoigu — o Pentágono, no entanto, se recusou a comentar. Além disso, disse que não recebeu nenhum convite da Rússia para negociações, apesar das observações da semana passada feitas por Shoigu, sugerindo que havia repetidamente convidado o chefe do Pentágono a debater questões de Defesa.

A Rússia também expressou disposição para intensificar os contatos militares com os Estados Unidos.

"O Ministério da Defesa da Rússia está pronto para a implementação prática dos acordos na esfera de segurança internacional alcançados pelos presidentes da Rússia e dos EUA, Vladimir Putin e Donald Trump, na cúpula de segunda-feira em Helsinque", disse o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov.

Durante coletiva de imprensa conjunta em Helsinque, Putin destacou a “experiência muito útil de coordenação mútua” entre os militares russos e americanos na Síria. O presidente destacou que ambos os países  “estabeleceram os canais operacionais de comunicação”, o que lhes permite evitar acidentes e colisões no país. O presidente russo enfatizou que é essencial "trabalhar em conjunto para interagir na agenda de desarmamento, na cooperação militar e técnica".

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Em 2014, o Congresso dos EUA aprovou a lei de autorização de Defesa, suspendendo as interações militares entre Washington e Moscou após a reunificação da Crimeia com a Rússia. O projeto só permite que a proibição seja suspensa quando "o Secretário de Defesa, em coordenação com o Secretário de Estado, fornece uma certificação aos comitês parlamentares apropriados relativos a certas ações da Rússia".

O documento também autoriza o chefe do Pentágono a "renunciar à limitação sob certas condições", enquanto o Congresso pode impor novas sanções que visam os contratados de empresas de defesa russas.

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