Diálogo entre Moscou e Washington é vital para EUA, Rússia e para todo o mundo, diz Trump

© REUTERS / Grigory DukorPresidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante coletiva de imprensa com seu homólogo russo, Vladimir Putin
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante coletiva de imprensa com seu homólogo russo, Vladimir Putin - Sputnik Brasil
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No âmbito da cúpula em Helsinque, líderes mundiais discutem questões importantes para todo o mundo e concordam em dar continuidade no diálogo, destacando que "cooperação" é melhor do que "confronto".

Na capital finlandesa, no dia 16 de julho, os presidentes da Rússia e dos EUA, Vladimir Putin e Donald Trump, participaram de sua primeira cúpula formal.

Após o encontro privado e negociações acompanhadas por suas delegações, Donald Trump e Vladimir Putin, participam de uma coletiva de imprensa conjunta.

No início de seu discurso, Donald Trump mais uma vez parabenizou Rússia pela excelente organização da Copa do Mundo 2018, não se esquecendo de falar muito bem da Seleção Russa.

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Ao começar parte principal de sua apresentação, mandatário estadunidense focalizou nos problemas atuais do Oriente Médio. Primeiramente, o líder dos EUA sublinhou a importância de pressão contra o Irã para que o país "suspenda sua campanha de violência e aspiração nuclear no Oriente Médio".

Os temas principais discutidos durante a cúpula incluem a crise síria, segurança de Israel, a futura cooperação dos EUA e Rússia, resolução da situação na península coreana e a saída dos EUA do Plano de Ação Conjunto Global e outros assuntos importantes.

Cooperação que pode salvar milhares de vidas na Síria

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Ao falar sobre a Síria, o presidente norte-americano sublinhou que a cooperação entre EUA e Rússia pode salvar milhares de vidas no país. Além disso, ele sublinhou que Washington espera que EUA, Rússia e Israel trabalhem juntos na Síria para pôr fim à prolongada crise.

"Trabalho com Israel é excelente. Garantia de segurança de Israel é o que nós, juntamente com Putin, gostaríamos de ver", declarou Trump. Além do mais, destacou que 98-99% do território sírio já está libertado do Daesh (organização terrorista proibida em vários países, incluindo a Rússia), e chamou isso de grande avanço.

"Nossas esperanças são realistas, mas confiamos na amizade, na cooperação e na paz. Penso que Rússia partilha essa aspiração", afirmou.

Resolver tudo através do diálogo

O presidente afirmou que "cooperação" é melhor do que "confronto". "Nossas relações nunca estiveram piores [do que hoje], mas há quatro horas isso se alterou", sublinhando ser necessário continuar o diálogo.

"O diálogo contínuo corresponde aos interesses de ambos os países e concordamos em fazê-lo", frisou.

Desnuclearização da península da Coreia  

O presidente norte-americano expressou segurança de que a Rússia está pronta para trabalhar com os EUA e resolver o problema nuclear da Coreia do Norte. E agradeceu Putin e Rússia pela prontidão.

"No mês passado, discuti com Kim Jong-un as questões de desnuclearização da Coreia do Norte e hoje estou seguro de que o presidente [Vladimir] Putin e Rússia também querem acabar com esse problema e estão prontos para trabalhar conosco nesse assunto", afirmou.

'Interferência russa' nas eleições de 2016

Em seguida, o líder dos EUA prestou atenção ao assunto ligado às eleições presidenciais de 2016 e à "interferência russa", em particular, sobre dados comprometedores de que a Rússia alegadamente teve contra ele.

"Se [os russos] tivessem qualquer material, eles teriam apresentado", enfatizou.

Não houve conluio nenhum com Putin nas eleições norte-americanas de 2016, destaca Donald Trump, ressaltando que nem ao menos conhecia seu homólogo russo na época das eleições.

Crimeia russa é uma 'questão fechada'?

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Durante a cúpula, os presidentes russo e norte-americano também prestaram atenção à questão da Crimeia.

O posicionamento de Donald Trump quanto ao status da península não é novo. E ele continua seguindo-o. Para ele, a Crimeia foi anexada pela Rússia, destacou Putin. Não obstante, a Rússia tem "outro ponto de vista", sendo que o referendo foi realizado em conformidade com leis internacionais. Portanto, para a Federação da Rússia é uma "questão fechada".

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