Rússia poderia ajudar Israel a lidar com 'ameaça iraniana'?

© AP Photo / Ariel SchalitEscultura de militar israelense perto de uma seta indicando as distâncias de Bagdá e Damasco perto de um posto militar nas Colinas de Golã
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Durante seu encontro com Vladimir Putin, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que Tel Aviv não tenta derrubar o governo do Bashar Assad. Essa declaração foi feita logo após o reinício dos ataques de Israel contra as posições do exército sírio no sul do país. Especialista em segurança Mark Heller deu sua opinião sobre esse assunto.

Apesar do aumento de tensões entre a Síria e Israel, Tel Aviv declarou que Israel não tem problema nenhum com o presidente sírio, Bashar Assad, e que não planeja intervir no país árabe se os acordos existentes não forem violados.

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Para Mark Heller, é uma espécie de reconhecimento por Israel do resultado inevitável da guerra civil na Síria: o poder do governo sírio vai ser reestabelecido em quase todo o território do país, incluindo nas regiões localizadas junto a Israel. Por isso, para Israel é preciso chegar a um entendimento com o governo de Assad.

Quanto aos recentes ataques aéreos de Israel contra o exército sírio, o especialista sublinhou que hoje em dia a Síria não precisa de uma confrontação aberta com Israel. Uma questão mais importante é o uso do espaço aéreo sírio por outros atores – o Irã ou o movimento Hezbollah controlado por ele e que atua no território sírio – para atacar Israel ou afetar sua segurança. Por isso, há um grande risco de escalada do conflito.

A Rússia, por sua vez, tendo em consideração suas relações com Irã, Síria e Israel, poderia desempenhar um papel importante na estabilização das relações entre Israel e Síria, especialmente na zona fronteiriça.

"Na verdade, a Rússia está ligada tanto à Síria, como a Israel, mas, o que é mais importante, a Rússia tem ligações permanentes com o Irã. Quanto a Israel, é precisamente isso que é a questão mais urgente – conter o Irã e as organizações controladas por ele longe do território israelense", explicou ele à Sputnik Internacional.

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Heller sublinha que, em algum sentido, Israel e Rússia têm interesses coincidentes, porque Israel considera que a Rússia também não está interessada no aumento de influência e do controle do Irã sobre todo o território sírio.

"Por isso, a questão principal é até que ponto a Rússia está disposta e é capaz de contribuir para um resultado em que Israel parece estar inquestionavelmente empenhado – a exclusão do Irã dos assuntos sírios. Temos de esperar para ver se isso acontecer", concluiu ele.

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