Agentes federais acusam prefeito de Nova York de cruzar ilegalmente fronteira com o México

© AP Photo / Andres LeightonUm agente do Departamento de Segurança Interna nega acesso ao prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, à instalação de crianças imigrantes em Tornillo, Texas, perto da fronteira com o México.
Um agente do Departamento de Segurança Interna nega acesso ao prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, à instalação de crianças imigrantes em Tornillo, Texas, perto da fronteira com o México. - Sputnik Brasil
Nos siga no
O serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA acusou o prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio de ir até o México cruzando a fronteira a partir dos EUA, violando a legislação que obriga a apresentação de passaportes e inspeção em posto oficial

A história foi descoberta em uma carta de 25 de junho obtida pela agência Associated Press e publicada pela mídia na quarta-feira. De Blasio rejeitou a alegação, classificando-a "absolutamente ridícula" durante uma coletiva de imprensa. O prefeito ainda caracterizou a acusação como uma cortina de fumaça usada pelo governo de Donald Trump, para desviar a atenção do debate sobre a imigração e a política de separação de famílias solicitantes de asilo.

Agentes da fronteira dos EUA com México patrulham região durante abertura da Porta da Esperança situada no Parque da Amizade, São Diego, Califórnia, 16 de novembro de 2016 - Sputnik Brasil
Enviar Guarda Nacional dos EUA à fronteira com México é 'movimento perigoso'
O prefeito criticou Trump por suas políticas de imigração. Nova York é uma cidade-santuário (locais que protegem migrantes indocumentados), embora o título pouco ou nada valha atualmente.

À medida que a crescia a fúria nacional com a política de "tolerância zero" de Trump que gerou a separação de milhares de famílias na fronteira, Blasio e aproximadamente outros 20 prefeitos viajaram para o Texas em uma tentativa de visitar um centro de detenção de crianças migrantes. O grupo chegou à fronteira em 21 de junho, um dia depois que a ordem executiva de Trump "interrompeu" as separações familiares.

Quando não foram autorizados a entrar nas instalações, De Blasio e seus guarda-costas do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD na sigla original) teriam ido ao México e atravessado de volta para os EUA para obter uma visão melhor do prédio, informou a AP.

Protestors dressed as a diabolical Uncle Sam, on stilts, and Mexico's President Enrique Pena Nieto hold hands as they walk along the border fence in Ciudad Juarez, Mexico Sunday, Feb. 26, 2017. - Sputnik Brasil
Muro na fronteira com México é o reconhecimento da falha da política interna dos EUA
A carta afirma que um oficial de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA viu o grupo tirando fotografias e perguntou se alguém tinha autorizado a presença das autoridades. Um inspetor da NYPD respondeu negativamente e, quando o agente perguntou como eles tinham chegado lá, apontaram na direção do México.

O agente informou que o grupo tinha cruzado a fronteira ilegalmente e pediu que eles ficassem parados enquanto checaria as ordens com o supervisor, levando-os a um ponto fronteiriço oficial, como é exigido por lei. Eles declinaram e caminharam em direção aos seus veículos, dirigindo de volta para o México. Três horas depois, as autoridades voltaram para os EUA de carro em um porto de entrada.

"[Essa] é outra maneira de distrair [o povo americano] de uma política desumana", disse o prefeito em uma coletiva de imprensa. Tanto ele como seu porta-voz Eric Phillips rejeitaram a acusação.

"Enquanto estivemos lá, nos disseram onde ficava a linha de fronteira e nós a respeitamos. Voltamos exatamente da mesma maneira, as duas vezes mostramos passaportes e seguíamos com a aprovação dos agentes no ponto de entrada", disse de Blasio. "Em nenhum momento nós desconsideramos qualquer uma das instruções das autoridades federais."

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала