Rússia introduz medidas em resposta a novas tarifas dos EUA

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Moscou introduz impostos adicionais sobre bens norte-americanos em meio a novas tarifas sobre metais dos EUA.

Como medida de retaliação, a Rússia introduz impostos adicionais no valor de 25 a 40% contra uma série de bens norte-americanos, cujos análogos são fabricados na Rússia. A soma total de impostos é estimada em aproximadamente US$ 87,6 milhões (R$ 343 milhões) por ano, informa o Ministério do Desenvolvimento Econômico da Rússia.

O decreto que prevê novos impostos foi assinado pelo premiê russo Dmitry Medvedev.

"As medidas compensatórias são introduzidas sob a forma de altas taxas de importação no valor de 25% a 10% do preço de mercadorias importadas. Alguns produtos dos EUA, cujos análogos são fabricados na Rússia, serão afetados. Em particular, trata-se de alguns tipos de equipamentos de construção de estradas, equipamento para extração de gás e petróleo, instrumentos para processamento de metais e perfuração de rochas, bem como fibras óticas", diz o comunicado do Ministério do Desenvolvimento Econômico da Rússia.

As medidas tomadas por Moscou representam resposta às tarifas introduzidas pelos EUA contra alumínio e aço russo no valor entre 25% a 10%, respectivamente.

Previamente, no início de março, o porta-voz do Ministério da Indústria e Comércio da Rússia disse que o departamento havia começado a elaborar possíveis medidas em resposta às políticas protecionistas dos EUA, acrescentando que, após negociar com Washington, a Rússia pode recorrer à Organização Mundial do Comércio.

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Em 23 de março, Trump cumpriu uma promessa de campanha e impôs uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e uma tarifa de 10% sobre o alumínio, embora excluindo o Canadá e o México e insinuando que outros países poderiam ser poupados com base na segurança nacional. Especialistas alertaram que as tarifas podem desencadear uma grande guerra comercial.

Os países que recorreram à OMC disseram que as tarifas — 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio — não podem ser explicadas pelas preocupações de segurança dos EUA, a questão sobre a qual Washington está baseando suas ações.

Segundo as regras da OMC, se algum país pretende cortar suas importações, protegendo assim os produtores locais, deve compensar seus parceiros comerciais com um aumento líquido nas importações de outros bens. Washington se recusou a fazê-lo.

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