Maduro apela aos militares para estarem prontos a repelir possível agressão dos EUA

© AP Photo / Ariana CubillosPresidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante desfile militar em homenagem ao 16º aniversário da volta do ex-presidente Hugo Chávez ao poder
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante desfile militar em homenagem ao 16º aniversário da volta do ex-presidente Hugo Chávez ao poder - Sputnik Brasil
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apelou às Forças Armadas do país para que estejam preparadas para defender o território nacional e destacou que uma intervenção dos Estados Unidos jamais será uma solução para os problemas que a nação enfrenta.

"A Venezuela deve seguir defendendo seu direito de responder a seus próprios problemas com suas próprias soluções, jamais uma intervenção militar do império estadunidense será uma solução para os problemas da Venezuela", declarou o líder venezuelano durante uma cerimônia de promoção de militares no Panteão Nacional, no oeste de Caracas.

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Maduro se referiu a um artigo publicado pela agência Associated Press que diz, com base em fontes do governo dos EUA, que, em 2017, o presidente Donald Trump considerou invadir militarmente a Venezuela.

O presidente venezuelano recordou que naquele momento o governo venezuelano denunciou esses planos e que parte da campanha psicológica e midiática contra o povo venezuelano visa subestimar estas advertências, escreve a emissora YVKE Mundial Radio.

Por isso, o mandatário apelou aos almirantes e generais para que se mantenham em alerta e vigiem o território venezuelano por terra, mar e ar.

"Nossas Forças Armadas Bolivarianas não podem baixar a guarda nem por um segundo porque defendemos o maior direito que a pátria tem na sua história, o maior direito que o nosso povo tem, que é viver em paz, com dignidade, com nossa própria identidade", afirmou Maduro.

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Maduro afirmou que as informações sobre os planos dos EUA provam suas afirmações de que Washington planeja uma invasão militar da Venezuela para capturar suas reservas de petróleo.
O diretor do Centro da América Latina Hugo Chávez, Egor Lidovsky, comentou os apelos do líder venezuelano em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, opinando que o país tem todas as razões para se preocupar.

O analista lembrou anteriores casos em que Washington invadiu outros países cujas autoridades contradiziam os interesses americanos, em particular o caso da Líbia e de seu líder Muammar Kadhafi, que foi "denegrido e eliminado".

"A Venezuela, naturalmente, está em perigo, pois representa a maior ameaça para os EUA na América Latina — possui um exército muito bom e poderoso. Os EUA não têm como neutralizar o país politicamente, por isso a única opção que resta a Washington é a invasão militar", sublinhou o especialista.

Na opinião de Lidovsky, para preservar e proteger a sua independência e o seu caminho, a Venezuela precisa de reforçar o exército e mobilizar as forças para estar pronta a repelir qualquer ameaça.

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