Israel acusa Hamas de espionar soldados através de aplicativos falsos de namoro

© East News / UPI Photo / eyevineSoldados israelenses na fronteira com a Faixa de Gaza
Soldados israelenses na fronteira com a Faixa de Gaza - Sputnik Brasil
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A era digital está delineando uma mudança das técnicas de espionagem testadas e aprovadas para táticas incomuns, inclusive aplicativos móveis.

Os militares israelenses sofreram ataques cibernéticos inéditos – aplicativos esportivos e de namoro operados pelo Hamas teriam tentando convencer os soldados a fornecer informações de segurança confidenciais.

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Na terça-feira (3), as Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que o Hamas, organização islamista que controla a Faixa de Gaza, havia criado perfis falsos no Facebook em que seus membros fingiam ser jovens israelenses atraentes.

Em comunicado publicado no site da FDI, um oficial superior de inteligência observou que o exército tem recebido desde janeiro dezenas de relatórios de soldados sobre perfis suspeitos na mídia social e aplicativos.

Membros do Hamas, afirma Israel, criaram perfis falsos no Facebook ou usaram identidades roubadas para fingirem ser mulheres. Em seguida, eles transferiram o novo relacionamento para o WhatsApp para convencer os soldados para baixarem os aplicativos falsos.

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Depois de relatos de jovens suspeitas flertarem com o pessoal da FDI, os militares lançaram uma operação denominada Broken Heart (Coração Partido, em português) e descobriram que os aplicativos simulados estavam disponíveis na loja do Google Play. Eles já tinham sido baixados por 100 soldados.

Os dois primeiros aplicativos falsos eram chamados de Glancelove e Winkchat. O terceiro, Golden Cup, mostrava um placar ao vivo que era preenchido com informações sobre a Copa do Mundo em curso na Rússia.

Depois de baixados, os aplicativos permitiriam aos militantes do Hamas ver a localização e a lista de contatos do usuário e transformar o celular em um dispositivo de gravação.

O oficial da FDI declarou que, "graças à conscientização, alerta e disposição dos soldados para denunciar os incidentes, a segurança de Israel não foi prejudicada".

O Hamas ainda não comentou a declaração israelense.

O Hamas é um grupo político e militante islamista que governa a Faixa de Gaza desde 2007. O grupo luta pela criação de um Estado palestino independente e não reconhece o Estado de Israel. Nesta primavera, o grupo liderou os protestos chamados "Marcha do Retorno", alegando que os palestinos "têm o direito de retornar aos territórios abandonados", terras reivindicadas pelo Estado de Israel depois de sua proclamação em maio de 1948.

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