EUA consideram designar Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica como grupo terrorista

© REUTERS / MORTEZA NIKOUBAZLMilitares do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (foto de arquivo)
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Em maio de 2018, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a decisão de Washington de se retirar do acordo nuclear iraniano e voltar a impor sanções contra a República Islâmica, que foi denunciada por Trump como "principal patrocinadora estatal do terrorismo".

A administração norte-americana está considerando designar o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) como uma organização terrorista para aumentar a pressão sobre Teerã, reporta a CNN.

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Autoridades de alto escalão dos EUA afirmaram que a designação "permitiria à Casa Branca congelar os bens do IRGC, impor proibições de viagens e aplicar penalidades criminais, além de continuar mantendo as sanções econômicas pré-existentes".

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, já demonstrou apoio para designar o IRGC, alegando que "o objetivo final é convencer a República Islâmica do Irã a ser um país normal".

O diretor de inteligência nacional dos EUA, Dan Coats, por sua vez, advertiu que isso "poderia representar perigos para as forças dos EUA", atitude que foi repetida por algumas outras autoridades dos EUA.

Eles advertiram que a designação do IRGC, um poderoso braço do exército do Irã, como um grupo terrorista seria um passo sem precedentes que pode colocar em risco funcionários diplomáticos e militares dos EUA.

Em outubro de 2017, o ex-secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, alertou sobre os "riscos e complexidades particulares" em relação à "designação de um exército inteiro, por assim dizer, de um país onde isso coloca determinados requisitos em prática".

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"Isso desencadeia certas ações que consideramos não serem apropriadas e necessariamente do interesse de nossos militares", ressaltou Tillerson.

Suas declarações foram feitas depois que o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou a ampliação das sanções impostas em 13 de outubro contra o IRGC por um suposto "apoio ao terrorismo", uma afirmação fortemente negada por Teerã.

Depois da declaração do presidente Donald Trump sobre a retirada de Washington do acordo nuclear com o Irã em maio de 2018, Pompeo alertou sobre sanções "mais rigorosas" contra a República Islâmica.

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