Análise: 'Por pressão midiática, Israel deve continuar derramamento de sangue na Síria'

© Sputnik / Mikhail Alaeddin / Acessar o banco de imagensRuínas na cidade síria de Homs
Ruínas na cidade síria de Homs - Sputnik Brasil
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Após dois mísseis israelenses atingirem alvos próximo a um aeroporto sírio na terça-feira, o jornalista investigativo e membro do Movimento de Solidariedade à Síria, Rick Sterling disse à Sputnik que a probabilidade de Israel recuar de seus ataques é muito pequena.

Como a Sputnik relatou anteriormente, a Força Aérea de Israel tentou um ataque noturno a um avião de carga iraniano que estava descarregando no Aeroporto Internacional de Damasco. 

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O incidente ocorreu após vários ataques de Israel nos últimos meses, no que Tel-Aviv classifica como medidas "retaliatórias" contra a presença do Irã na Síria, considerada pelas autoridades do país uma ameaça à segurança israelense. O Irã está presente na Síria desde que o conflito começou em 2011.

Em entrevista à Rádio Sputnik americana, Sterling afirmou que o lançamento do míssil provou que Israel não tem intenção de ajudar a resolver o conflito sírio, mas sim que espera manter a guerra em andamento.

"Acho que Israel continua a provocar a situação", disse Sterling. "Eles não querem ver o conflito acabar, eles querem prolongar o derramamento de sangue e impedir que o governo sírio derrote o terrorismo na Síria. Eles atuaram por muitos anos como um protetorado dos grupos terroristas (…) e estiveram ativamente envolvidos no conflito desde o início 9 (…). Eles trataram terroristas em instalações médicas dentro de Israel, com o [primeiro-ministro israelense] Benjamin Netanyahu sendo filmado cumprimentando os extremistas tratados com medicação", destacou Sterling.

Destacando a insistência de Israel em proclamar o Irã como uma ameaça, o jornalista ressaltou que o país tem repetidamente escalado a questão.

"Israel usa o Irã como pretexto, (…) sempre alegam que estão atacando armamentos destinados ao Hezbollah ou armamentos do Irã ou de contingentes iranianos", afirmou o jornalista. "Eles exageraram a participação iraniana no conflito desde o início".

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"É uma situação perigosa agora. Não sabemos quais são os cálculos em Israel e é muito difícil prever o que os EUA vão fazer — há desejos conflitantes dentro das forças armadas dos EUA, da CIA e do establishment de segurança nacional", Sterling observou.

Prevendo que a cobertura da mídia sobre o assunto, Sterling sugeriu que os canais acabariam criando "alegações e medos sensacionalistas sobre civis, como alvos civis e eventos muito horríveis que estão sempre prestes a acontecer".

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