Líder da Chechênia ironiza alerta de viagem dos EUA a cidadãos que viajam para a Copa

© Sputnik / Said Tzarnaev / Acessar o banco de imagensRamzan Kadyrov presta juramento como chefe da República da Chechênia (foto de arquivo)
Ramzan Kadyrov presta juramento como chefe da República da Chechênia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O presidente da República Russa da Chechênia, Ramzan Kadyrov, respondeu a um alerta de viagem emitido pelos EUA em que recomenda-se a cidadãos estadunidenses evitar o norte do Cáucaso, "incluindo a Chechênia e o monte Elbrus, devido a distúrbios civis e terrorismo".

"O Departamento de Estado aconselha veementemente os cidadãos norte-americanos contra viagens para o norte do Cáucaso, listando todas as regiões. Por quê? Aparentemente, todo o norte do Cáucaso enfrenta distúrbios civis e ataques terroristas. Como diz o ditado, eles mentem e sem pestanejar!" escreveu o líder checheno em sua conta do Telegram. "De qual agitação e terrorismo o Departamento de Estado está falando? Talvez tenham misturado os Estados Unidos e a Rússia. Os massacres sistemáticos de crianças nas escolas americanas também se apresentaram como algo acontecendo na Rússia?", questionou.

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O presidente aproveitou a oportunidade para criticar cobertura tendenciosa da mídia ocidental sobre a Copa do Mundo da Rússia, especificamente sobre Chechênia. No começo do mês, o The Guardian publicou uma reportagem intitulada "Todos os olhos sobre Ramzan Kadyrov enquanto a Chechênia recebe o Egito na Copa do Mundo", com o repórter Andrew Roth classificando a base de treinamento dos egípcios na Chechênia de "grande prêmio duvidoso".

"Prêmio duvidoso? De quem é a opinião do jornal? Os egípcios estão sediados no melhor complexo de futebol de toda a Europa, vivem em um belo hotel, são cercados por milhares de fãs e estão felizes com a forma como foram recebidos É absolutamente incompreensível que o The Guardian esteja dizendo aqui", escreveu Kadyrov.

"Mas o que surpreende se o autor nem sabe onde a equipe está sendo treinada. Ele alega que a equipe egípcia está no Estádio Sultão Bilimkhanov (!!!) ao invés do estádio da Arena Akhmat", acrescentou.

© SputnikPrint da reportagem sobre Kadyrov no The Guardian
Print da reportagem sobre Kadyrov no The Guardian - Sputnik Brasil
Print da reportagem sobre Kadyrov no The Guardian

Ramzan Kadyrov constantemente se envolve em discussões com autoridades e mídia ocidentais pelas redes sociais. Há alguns meses, ele foi destaque na imprensa por atacar autoridades dos EUA, que o adicionaram à lista de sanções do Ato Magnitsky, sugerindo que Washington não poderia perdoá-lo "por dedicar minha vida a combater terroristas estrangeiros". O líder checheno teve suas contas do Facebook e Instagram bloqueadas no final de 2017 e argumentou que o banimento se deu pelas suas opiniões "honestas" e "francas" sobre "ações dos EUA nos países do mundo islâmico".

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Ex-líder de uma milícia rebelde islamita, Kadyrov ficou internacionalmente conhecido, porém, pelos pronunciamentos após as acusações de manter campos de concentração onde pessoas LGBTQ+ na Chechênia eram detidas, torturadas e mortas. De acordo com o jornal russo Novaya Gazeta, o suposto campo ficava em Argun, a 20 quilômetros da capital chechena Grozny.

Convidado a comentar as denúncias, Kadyrov classificou a reportagem como um “ataque massivo” de contra-informação e uma “tentativa de denegrir a nossa sociedade, estilo de vida, tradições e costumes”. Por meio do porta-voz, Alvi Karimov, declarou: "não é possível deter e reprimir pessoas que simplesmente não existem na República [da Chechênia]".

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