ONU condena Israel por 'uso excessivo de força' na fronteira de Gaza

© AP Photo / Khalil HamraHomens armados do Hamas carregam caixão de um de seus homens na Faixa de Gaza neste domingo (6).
Homens armados do Hamas carregam caixão de um de seus homens na Faixa de Gaza neste domingo (6). - Sputnik Brasil
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A Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução não-obrigatória condenando Israel pelo uso de "força excessiva" contra os manifestantes palestinos em Gaza. Já uma emenda dos Estados Unidos para condenar o Hamas não obteve apoio suficiente.

A resolução condena Israel por "uso excessivo da força" contra manifestantes palestinos na fronteira entre Israel e Gaza e pede a "proteção da população civil palestina" em Gaza. Ela foi adotada com 120 votos a favor e 8 votos contra, com 45 abstenções.

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A emenda oferecida pela enviada norte-americana Nikki Haley tentou condenar o Hamas, que administra o governo eleito em Gaza, por disparar foguetes contra Israel. A emenda recebeu 62 votos a favor, com 58 nações opostas e 42 abstenções. Para passar, ela precisava de uma maioria de dois terços. No entanto, não foi incluída na resolução final.

A resolução quase idêntica proposta pelo Kuwait foi vetada pelos EUA no Conselho de Segurança na última terça-feira. Ao contrário das resoluções do Conselho de Segurança, as adotadas na Assembleia Geral não são vinculantes.

Haley condenou a resolução adotada como "moralmente falida".

"A resolução é unilateral, não faz uma menção ao Hamas que rotineiramente inicia a violência", disse a enviada dos EUA durante o debate que precede a votação, acrescentando que "o que diferencia Gaza é que atacar Israel é seu esporte político favorito".

O embaixador de Israel, Danny Danon, criticou a resolução como "empoderando o Hamas" e os países que o apoiam como "conivente com uma organização terrorista".

"Eu tenho uma mensagem simples para aqueles que apoiam esta resolução. Você é a favor da munição para as armas do Hamas, você é a ogiva de seus mísseis", disse ele.

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Mais de 130 palestinos foram mortos pelas forças israelenses durante os protestos na fronteira com Gaza, que começou em 30 de março. O dia mais mortífero até agora foi 14 de maio, quando a embaixada dos EUA se mudou oficialmente de Tel Aviv para Jerusalém.

"Não podemos permanecer em silêncio diante dos crimes mais violentos e das violações dos direitos humanos que estão sendo sistematicamente perpetrados contra nosso povo", afirmou Riyad Mansour, enviado palestino à ONU.

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