Ocidente se engana: com redução dos gastos militares, Rússia se tornará ainda mais temível

© Sputnik / Ramil SitdikovMilitar durante o festival "Exército da Rússia" em Moscou (foto de arquivo)
Militar durante o festival Exército da Rússia em Moscou (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Neste ano, os cortes nos gastos com a defesa da Rússia estão relacionados ao fato de que o país praticamente concluiu a modernização dos sistemas ofensivos e defensivos de importância crítica, segundo a mídia norte-americana.

No início de maio, o Instituto Internacional de Investigação sobre a Paz (SIPRI) comunicou que, de acordo com seus dados, os gastos militares da Rússia diminuíram pela primeira vez após 1998 em 20%, correspondendo a US$ 66,3 bilhões (R$ 244 bilhões).

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O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, comentou essas informações, assinalando que, embora os números não correspondessem completamente à verdade, essa tendência foi indicada corretamente.

"No exército russo foi efetuado um grande trabalho de renovação tecnológica e técnica. Em geral, este processo foi completado, por isso o auge dos gastos para reequipamento tecnológico já foi ultrapassado", afirmou Peskov.

A edição Military Watch chamou a atenção para o fato de o Ocidente ter optado por sua própria interpretação dos eventos, alegando que a economia russa "foi esmagada" pelas sanções, o que tornou inevitável os cortes no orçamento militar. Entretanto, segundo o autor da matéria, os fatos revelam outra situação.

Ele recordou que a modernização em grande escala do exército russo se iniciou após a saída dos EUA do Tratado sobre Mísseis Antibalísticos e foi acelerada depois da campanha militar na Geórgia em 2008. Apesar de o programa ter abrangido todos os tipos de tropas, uma atenção especial foi dada às "capacidades assimétricas", que têm uma importância crucial para assegurar vantagens em uma série de áreas e conter as forças da OTAN.

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Como resultado, os sistemas de defesa antiaérea, os mísseis balísticos táticos e de cruzeiro e as forças estratégicas nucleares receberam um forte impulso e "hoje em dia, provavelmente, são os mais avançados do mundo", de acordo com o autor da matéria.

Ou seja, com gastos relativamente baixos, a Rússia conseguiu criar um arsenal que será capaz de manter seus potenciais adversários à distância. Trata-se do sistema de mísseis Sarmat, drones submarinos, sistemas de mísseis hipersônicos Avangard e Kinzhal e armas laser, apresentados por Putin no decorrer de seu discurso perante a Assembleia Federal.

Agora que a modernização do exército já foi praticamente completada, a principal atenção será dada à criação de condições para acelerar o crescimento econômico nacional, segundo a matéria.

"Caso o enfoque da Rússia no crescimento econômico, marcado pelos cortes dos gastos com a defesa, seja tão eficaz como os esforços anteriores para modernização do exército, o país se tornará um adversário muito mais temível do que tem sido nos últimos 30 anos", ressaltou o autor do artigo.

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