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Década perdida? Brasil pode ter futuro ainda mais incerto na economia

© AFP 2023 / EVARISTO SAMichel Temer discursa durante uma cerimônia de celebração de dois anos no mandato, no Palácio do Planalto, em 15 de maio de 2018
Michel Temer discursa durante uma cerimônia de celebração de dois anos no mandato, no Palácio do Planalto, em 15 de maio de 2018 - Sputnik Brasil
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Estudo realizado para a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (2020-2031), revela que o Brasil pode manter média de baixo crescimento entre 2021 e 2031.

O documento divulgado nesta segunda-feira (11), aponta que o ritmo de aumento da atividade econômica deve estacionar em 1,3% de crescimento do PIB após 2021 e permanecer assim durante a década inteira.

Segundo o estudo, a razão seria a manutenção do rombo nas contas públicas, que colocaria um risco permanente ao crescimento do país. 

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Com o consequente aumento da austeridade econômica, o déficit fiscal só seria solucionado em 2025.

O plano da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (2020-2031) é orientado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e tem, a partir de 2018, um plano de metas de 12 anos. O documento foi divulgado nesta segunda-feira (11) e permanecerá aberto para consulta pública até a sexta-feira (15).

Esse tipo de prognóstico marca uma mudança no tipo de planejamento, que sai de um padrão de curto prazo e passa a operar no médio e longo prazo, ao lado de um projeto que tramita no Congresso para manter esse planejamento mais longínquo.

O documento é baseado nos números apresentados na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019, a LDO 2019, que aponta crescimento do PIB de 3,0% em 2019, 2,4% em 2020, e 2,3% em 2021.

Pessimismo é maior no mercado, diz Banco Central

Apesar dos números apontados na LDO 2019, com base em números de março, o boletim FOCUS, do Banco Central, aponta um cenário mais pessimista. 

Nas últimas 4 semanas, a previsão sobre o PIB de 2018 vem caindo. Se em maio o prognóstico era de 2,51%, o percentual diminuiu para 2,18% na semana passada e chegou a 1,94% no relatório divulgado nesta segunda-feira (11). Em 2017, a LDO acreditava que o país cresceria 2,5% esse ano.

Para 2019, no entanto, as previsões do Banco Central já não convergem com a prévia proposta na LDO 2019 para o PIB do ano que vem. Enquanto a lei apresenta previsão de 3% de crescimento, os especialistas ouvidos pelo Banco Central não acreditam que o crescimento passe de 2,8%. Essa foi a primeira semana em que o boletim apresentou variação negativa da previsão de crescimento do PIB no ano que vem.

Em 2016, o mesmo boletim do Banco Central apontava um crescimento de 2% do PIB no ano seguinte, que fechou o ano 1% de crescimento, próximo do número previsto pela LDO-2016

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