Assessor de Trump diz que 'há lugar especial no inferno' para primeiro-ministro do Canadá

© AP Photo / Evan VucciPresident Donald Trump shakes hands with Canadian Prime Minister Justin Trudeau during their joint news conference in the East Room of the White House
President Donald Trump shakes hands with Canadian Prime Minister Justin Trudeau during their joint news conference in the East Room of the White House - Sputnik Brasil
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Está aberta a temporada de caça de Justin Trudeau na administração Donald Trump, com o chefe do conselho de comércio da Casa Branca lançando um ataque ao primeiro-ministro canadense, dizendo que há um "lugar especial no inferno" para qualquer um que cruze o caminho do seu chefe.

O diretor do Conselho Nacional de Comércio da Casa Branca, Peter Navarro, criticou o premiê canadense durante uma entrevista à rede Fox News, quando perguntado se o ataque muito pessoal do presidente Donald Trump à Trudeau era justificado, já que o Canadá é o segundo maior parceiro comercial dos EUA.

Navarro, que foi apresentado como o "arquiteto" por trás do plano de Trump para vencer Canadá, México e União Europeia (UE) com tarifas sobre aço e alumínio, não reteve sua fúria, aumentando ainda mais o calor.

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"Há um lugar especial no inferno para qualquer líder estrangeiro que se envolva em diplomacia de má fé com o presidente Donald J. Trump e tente esfaqueá-lo nas costas ao sair", declarou Navarro, ecoando as palavras de Larry Kudlow, chefe econômico e conselheiro de Trump.

Kudlow enfrentou uma reação massiva na mídia social no domingo, depois que acusou Trudeau de "esfaquear os EUA pelas costas" com sua promessa de retaliar as tarifas dos Estados Unidos em sua última coletiva.

Navarro, que disse que suas palavras refletem o sentimento geral no Air Force One (avião presidencial dos EUA), de onde Trump lançou seu discurso no Twitter contra Trudeau, argumentou que o primeiro-ministro canadense agiu de "má fé" com sua "coletiva de imprensa".

"Isso é o que o fraco e desonesto Justin Trudeau fez", escreveu ele, atacando o primeiro-ministro canadense com exatamente as mesmas palavras que Trump usou na noite de sábado quando abruptamente retirou sua aprovação para uma declaração conjunta dos líderes do G7 enquanto ele já estava a caminho de Singapura.

Enquanto a explosão de Twitter de Trump atraiu críticas de outros membros do G7, incluindo França e Alemanha, Trudeau foi saudado pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que escreveu também no Twitter que deveria haver "um lugar especial no céu" para o canadense por suas habilidades impecáveis.

Navarro argumentou que não foi Trump quem mostrou má atitude durante a cúpula, chegando atrasado e saindo mais cedo, mas Trudeau, que é responsável pelo desastre diplomático.

"Tudo o que Justin Trudeau teve que fazer colher a vitória. O presidente Trump fez a cortesia de Justin Trudeau para viajar até Quebec para a cúpula. Ele tinha outras coisas, coisas maiores em seu prato em Singapura", disse Navarro.

A fim de agradar seu colega canadense, Trump estava pronto para ir tão longe quanto "assinar esse comunicado socialista", observou Navarro, referindo-se à declaração conjunta que pedia "comércio livre, justo e mutuamente benéfico".

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Mas em vez disso, assim que o avião de Trump partiu para Singapura, Trudeau "apunhalou nosso presidente pelas costas", declarou Navarro. "Isso não vai ficar", enfatizou.

Navarro classificou a ameaça de uma resposta "nada menos do que um ataque ao nosso sistema político", acusando o Canadá de elevar "suas altas barreiras protecionistas ainda mais".

Em sua conferência de imprensa final, Trudeau anunciou que tinha que "seguir em frente com medidas retaliatórias, aplicando tarifas equivalentes àquelas que os americanos aplicaram injustamente a nós".

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