Análise: norte-americanos tentam 'legitimar' sua presença na Síria através de bombardeios

© AP Photo / Maya Alleruzzo Ataque da coalizão liderada pelos EUA na Síria (arquivo)
Ataque da coalizão liderada pelos EUA na Síria (arquivo) - Sputnik Brasil
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Os aviões da coalizão internacional encabeçada pelos EUA atacaram uma povoação no nordeste da Síria, causando inclusive a morte de civis, relataram mídias locais. O especialista Vladimir Fitin comenta a situação em uma entrevista à Sputnik.

A aviação da coalizão internacional, liderada pelos norte-americanos, atacou uma povoação na província de Al-Hasakah, no nordeste da Síria, comunica a agência SANA.

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O ataque causou a morte de ao menos 10 pessoas, inclusive mulheres e crianças. Além disso, foram causados danos significativos a infraestruturas privadas e públicas.

Segundo relataram as Forças Democráticas Sírias apoiadas pelos EUA, suas unidades estariam libertando as respectivas regiões dos terroristas restantes do Daesh, organização terrorista proibida na Rússia.

O especialista russo do Instituto de Estudos Estratégicos, Vladimir Fitin, explicou ao serviço russo da Rádio Sputnik qual é o principal objetivo destes bombardeamentos.

"Eles [militares americanos] justificam qualquer bombardeamento seu contra a Síria como um ataque contra os elementos restantes do Daesh. Para eles, estes bombardeios são uma justificativa para explicar que no nordeste sírio ainda restam grupos terroristas. Deste modo, se justifica a continuação da participação das Forças Armadas norte-americanas na luta contra os terroristas e a legitimação da sua presença no território da Síria", disse.

Ao longo das últimas semanas, a SANA comunicou várias vezes sobre a morte de civis nos ataques da coalizão. Assim, em 2 de maio foi relatada a morte de 25 pessoas no ataque contra a povoação de Al-Fadil. Duas semanas depois, surgiu a informação sobre o ataque contra duas povoações na província de Al-Hasakah, em resultado do qual morreram 17 pessoas. No início de junho, foi bombardeada a povoação de Dib-Haddadj, morreram oito pessoas.

A própria coalizão reconhece que desde agosto de 2014, ou seja, o começo da operação Resolução Inerente, ao menos 892 civis no Iraque e na Síria morreram na sequência dos seus ataques.

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