Jornalista russo Vyshinsky preso na Ucrânia relata ameaças que recebem seus familiares

© Sputnik / Stringer / Acessar o banco de imagensJornalista russo e chefe do portal RIA Novosti Ucrânia, Kirill Vyshinsky, no tribunal de Kherson enquanto este considera a apelação do caso, 1º de junho de 2018
Jornalista russo e chefe do portal RIA Novosti Ucrânia, Kirill Vyshinsky, no tribunal de Kherson enquanto este considera a apelação do caso, 1º de junho de 2018 - Sputnik Brasil
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Nesta sexta-feira (1º), o tribunal ucraniano de Kherson está considerando a apelação do caso do jornalista russo e chefe do portal RIA Novosti Ucrânia, Kirill Vyshinsky, que foi preso em Kiev em maio.

Discursando perante o tribunal, o jornalista russo afirmou que este é um meio de pressioná-lo, qualificando o processo judicial de "tortura". Além disso, Vyshinsky relatou que seus familiares recebem ameaças.

O ex-chefe do portal RIA Novosti Ucrânia, sendo um cidadão da Rússia, pediu ao presidente Vladimir Putin tomar todas as medidas necessárias para sua libertação.

"Solicito ao presidente Vladimir Putin tomar todas as medidas necessárias para me libertar o mais rápido possível, bem como para me proporcionar proteção judicial por parte do consulado e da embaixada", afirmou Vyshinsky no tribunal que está considerando a apelação de sua defesa. Na opinião do jornalista, sua detenção e prisão são ilegais.

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Ao mesmo tempo, o jornalista solicitou ao presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, anular sua cidadania ucraniana esperando que isso diminua as pressões sobre sua família. 

Vyshinsky também agradeceu à comunidade internacional pelo apoio que diminuiu as pressões sobre ele.

"Em particular, quero agradecer à comunidade internacional pela atenção dada à minha modesta pessoa e à situação de perseguição de jornalistas na Ucrânia. Tenho certeza que isso, de certo modo, diminuiu a pressão não apenas sobre mim, mas também sobre meus colegas", ressaltou.

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O chefe do portal RIA Novosti Ucrânia foi detido em Kiev em 15 de maio, acusado de apoiar a autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD) e a República Popular de Lugansk (RPL). O jornalista pode receber 15 anos de prisão. Dois dias após a detenção, o tribunal ucraniano de Kherson decretou a prisão do jornalista por 60 dias.

Vladimir Putin qualificou a prisão de Vyshinsky de algo sem precedentes e Moscou enviou uma nota de protesto a Kiev, exigindo que parem com a violência contra jornalistas.

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa e o Conselho da Europa também expressaram preocupações com a detenção do jornalista russo.

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