Moção de censura contra premiê espanhol pode levar socialistas ao poder

© REUTERS / Paul HannaMariano Rajoy, presidente do Governo espanhol, foto de arquivo
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Pedro Sanchez, líder do Partido Socialista dos Trabalhadores Espanhóis (PSOE) quer a renúncia do premiê espanhol, Mariano Rajoy, por suposta reação "indigna" a casos de corrupção.

Nesta quinta-feira (31) e na sexta-feira (1), a Câmara dos Deputados da Espanha está reunida para uma discussão do plenário para aprovar uma moção de censura sobre o governo de Rajoy. A iniciativa foi tomada na semana passada pelo PSOE.

O líder do partido, Pedro Sanchez, quer assumir o cargo de primeiro-ministro caso a moção seja aceita. Mas ainda precisa de maioria no parlamento espanhol.

"Sr. Rajoy, você está pronto para renunciar? Renuncie e essa votação sobre censura termina hoje, aqui e agora. Enquanto você for o chefe do governo, isso prejudica nosso país, e atinge também seu partido", disse Sanchez ao Congresso.

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O caso de corrupção que motivou a moção de censura envolve 37 membros do partido da situação, o Partido Popular (PP). Eles foram acusados de envolvimento com uma rede de corrupção que teria fornecido contratos públicos no valor de 350 milhões de euros em troca de propina.

Alguns dos políticos envolvidos do PP, incluindo o tesoureiro do partido, deram depoimento afirmando que a liderança do partido estaria ciente do esquema de corrupção.

No dia 24 de maio, a Suprema Corte da Espanha concluiu que 29 dos 37 acusados no caso eram culpados de uma série de crimes de corrupção. Eles foram sentenciados a décadas de prisão e a pagarem milhões de euros em multas. Rajoy, no entanto, afirmou que o veredicto não tem nada que ver com o PP ou mesmo com o governo.

"Sua resposta ao veredicto contradiz o senso-comum e ofende o posto que você ocupa", afirmou Pedro Sanchez, apontando que "o país está cansado de corrupção".

Sanchez também afirmou que estava pronto para anunciar eleições caso assumisse o poder.

O líder do PSOE também prometeu que manteria o orçamento deste ano, aprovado pelo Parlamento na semana passada. Essa promessa pode ser importante sobre como os deputados votarão. A manutenção do orçamento foi apontada como condição pelo Partido Nacionalista Basco para que dessem apoio à moção de censura.

Para ser aprovada, a inicaitiva de Sanchez tem que ser apoiada por 176 deputados dos 350 na Câmara dos Deputados. No entanto, o PSOE tem apenas 84 deputados na casa. De acordo com o jornal espanhol El Pais, a moção pode ser apoiada pelo partido Unidos Podemos, que tem 67 deputados, pelo Partido Compromis Regional de Valencia, que tem 4 deputados, e pelo Partido Novas Canárias, com 1 deputado. Além disso, o resultado da votação depende do apoio dos partidos nacionalistas.

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