Atualmente, Moscou tem preocupações quanto à dependência do BRICS da economia norte-americana.
"É necessário fazer com que a dependência do sistema financeiro estadunidense diminua e fazer de tudo para que existam canais alternativos…", declarou.
Em sua opinião, tudo isso é vital para evitar a influência da economia dos EUA nos "negócios independentes de outros países".
Sobre isso, o vice-chanceler russo destacou que a Rússia "intensificará o diálogo com os colegas, inclusive os [que fazem parte] do BRICS" para encontrar uma opção que permitirá evitar essa dependência.
"Embora no BRICS haja discordâncias, isso não impede seus países-membros de cooperar uns com os outros", adicionou em discurso no Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo).
"Neste auditório não é preciso falar que os Estados-membros podem ter e, de fato, têm posições diferentes quanto a vários problemas mundiais. Não temos nenhuma obrigação com aliados como, por exemplo, os EUA têm com seus parceiros na Europa", frisou.
"Mesmo com posições distintas, temos vários pontos de intersecção. Além disso, essas discordâncias são importantíssimas para desenvolvimento da nossa cooperação de cinco lados", sublinhou.
De acordo com o vice-chanceler da Rússia, a parte russa está contente de que outros membros do BRICS partilham o ponto de vista de Moscou e se manifestam para buscar opções aptas para resolver conflitos. Isso é o objetivo da cooperação na organização.
Ao mesmo tempo, ele comunicou que todos os assuntos vitais serão discutidos durante reunião dos ministros das Relações Exteriores do BRICS, que ocorrerá na República da África do Sul em 4 de junho.