História da pesquisadora alemã que dedicou sua vida às enigmáticas Linhas de Nazca (FOTOS)

© Foto / monikawl999/PixabayLinhas de Nazca, Peru
Linhas de Nazca, Peru - Sputnik Brasil
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Em 15 de maio, há 115 anos, nasceu Maria Reiche, a antropóloga alemã que se identificava como "chola" peruana e a quem o Google dedicou o doodle deste dia para homenagear seu trabalho sobre as misteriosas Linhas e Geoglifos de Nazca e das Pampas de Jumana, no Peru.

A cor de ferrugem não é a única coisa que caracteriza o deserto do Sul do Peru. O que realmente o torna emblemático são seus risquinhos enigmáticos. Trata-se de linhas brancas: algumas perfeitamente retas, outras com curvas acentuadas, que se estendem por mais de 450 quilômetros quadrados e que, se observarmos ao nível do solo, não dizem nada.

No entanto, se olharmos para eles a partir do ar, percebemos que há algo mais: um macaco, uma aranha, um beija-flor e muitas outras criaturas vivas, plantas estilizadas, seres fantásticos e figuras geométricas de vários quilômetros de comprimento. Essas linhas representam um dos maiores enigmas da arqueologia devido a seu número, natureza, tamanho e continuidade.

Essas são as Linhas de Nazca, que durante décadas preocuparam Reiche, "uma mulher solitária sentada em uma escada, segurando um sextante, bússola, escova e mente matemática", escreveu o Google na descrição de seu doodle.

Reiche nasceu em Dresden em 15 de maio de 1903 e estudou matemática, astronomia e geografia. Em 1932, ela foi escolhida para fazer parte de uma equipe no Peru, uma decisão que mudaria o rumo de sua vida. Foi assim que ela conheceu o historiador Paul Kosok, que em 1941 a acompanhou para conhecer os geoglifos.

Em um dia como o de hoje nasceu Maria Reiche, uma das alemãs que mais amou o Peru.

Chama tanto a atenção que a mídia nem sequer se tenha lembrado, no Peru.

Na Europa, o Google lhe dedicou um doodle.

Se fosse Frida Kahlo ou Simone de Beauvoir, estariam nos estourando.

A alemã ficou tão extasiada com as linhas de Nazca que dedicou sua vida a investigá-las.

"Usando uma fita métrica, sextante e bússola, ela mediu quase 1.000 linhas" para investigar sua orientação astronômica. Assim, Reiche descobriu que muitas das linhas funcionam como marcadores para o solstício de verão, e teorizou que seus construtores (os pré-hispânicos que habitavam a Terra entre 500 a.C e 500 d.C) usavam as figuras na qualidade de calendário astronômico.

​15. 05.1903. Maria Reiche Neumann, "a dama do deserto" ou "a dama das linhas" nasce em Dresden, Alemanha; arqueóloga e matemática; ela decifra as famosas líneas de Nasca, no deserto do Peru. É considerada uma das cientistas que mais contribuiu para a história, para a ciência…

Em 1992, Reiche obteve cidadania peruana. Três anos depois, em 1994, as Linhas de Nazca foram reconhecidas pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Consistem em linhas, desenhos e faixas que cobrem o planalto desde a era pré-colombiana.

Celebrando a arqueóloga Maria Reiche, que dedicou toda a sua vida a investigar as Linhas de Nazca, no Peru

"A Dama das Linhas"

(15 de maio de 1903 — 8 de junho de 1998)

Segundo o site da UNESCO, existem vários fatores que estão afetando as Linhas e colocando em risco a herança da Humanidade. Os principais são: os danos causados pela mineração ilegal e atividades relacionadas à agricultura, o tráfego contínuo de veículos na área onde localizam-se os geoglifos, a falta de monitoramento sistemático da propriedade e de medidas de segurança para controlar o tráfego no ar etc.

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