Não é 'fetiche': Merkel defende aumento de gastos militares da Alemanha

© AP Photo / Pool/ Michael KappelerAngela Merkel bei Besuch der Bundeswehr-Truppen in Afghanistan (Archivbild)
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A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que seu compromisso de alinhar Berlim com a meta de gastos com a defesa da OTAN de 2% do PIB não é um "fetiche" para a Alemanha, mas reflete as mudanças nas necessidades de segurança.

Falando em uma reunião bienal das principais autoridades militares alemãs, da qual ela não participa desde 2012, Merkel afirmou que é importante para a Alemanha manter seus compromissos com a OTAN.

"Os 2% não são um fetiche que não tem nada a ver com o Bundeswehr (Forças Armadas alemãs), mas é necessário permitir que cumpramos as exigências de nossas implementações internacionais, além da necessidade de defesa da pátria e de alianças", declarou a chanceler.

Os comentários de Merkel chegam em um momento em que alguns parlamentares alemães estão cada vez mais preocupados que sua promessa de aumentar os gastos com a defesa leve à militarização da sociedade alemã.

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Há um debate crescente no governo de coalizão de Merkel, com conservadores e social-democratas de centro-esquerda discutindo os planos para aumentar os gastos militares para cumprir a meta da OTAN.

A Alemanha atualmente gasta 1,2% de seu PIB em defesa, mas a ministra da Defesa, Ursula von der Leyen, disse a oficiais militares que os gastos aumentariam para 1,3% até 2019 e 1,5% até 2025 — um número que ainda ficaria aquém dos 2% que os Estados-membros da OTAN concordaram em trabalhar até 2024.

Merkel disse que depois de anos de queda nos gastos, os militares alemães precisaram se reconstruir e ressaltaram que houve poucas objeções quando a antiga Alemanha Ocidental destinou 2,3% de seu PIB aos militares durante a Guerra Fria.

O presidente dos EUA, Donald Trump, criticou a Alemanha no passado por não cumprir a meta de 2%. Na abertura da nova sede da OTAN em Bruxelas no ano passado, Trump advertiu a Alemanha e outros membros da aliança, dizendo que eles devem "enormes quantias de dinheiro dos últimos anos".

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