Opinião: investimento de Washington no Indo-Pacífico 'levará à militarização'

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Os EUA podem vir a investir até 1,5 bilhão de dólares (mais de cinco bilhões de reais) para enfrentar a China na região do Indo-Pacífico.

O documento sobre a política estadunidense na região, publicado pelo senador Corey Gardner, diz que a lei proposta pelo Senado autoriza usar essa quantia de dinheiro no prazo de cinco anos para aumentar a presença norte-americana no Indo-Pacífico.

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A Sputnik Internacional falou com Dr. Anuradha Chenoy da Escola de Estudos Internacionais da Universidade Jawaharlal Nehru.

"Em primeiro lugar, acho que é continuação da consistência do presidente Trump em ser inconsistente, porque, pela primeira vez, durante sua campanha eleitoral e em seu mandato, disse que não vai envolver os EUA em novas operações militares, mas se concentrar no desenvolvimento interno do país", assinalou o especialista, sublinhando que a política de fazer frente à China na região do Indo-Pacífico "vai somente levar a novos ciclos de militarização tanto no oceano Índico, como no Pacífico".

Falando sobre as influências chinesa e norte-americana na região, Anuradha Chenoy acrescentou que as economias dos países do Sudeste Asiático e da Ásia Meridional são mais fracas do que a chinesa e norte-americana, por isso quase não possuem opção a não ser tentar balancear entre os gigantes econômicos em busca de melhores opções.

A bandeira da República Popular da China e as Estrelas e Listras dos Estados Unidos tremulam pela Avenida da Pensilvânia, perto do Capitólio dos EUA, durante a visita de Estado do presidente chinês, Hu Jintao em 18 de janeiro de 2011 (foto de arquivo). - Sputnik Brasil
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No que diz respeito aos desejos dos EUA na Ásia, o analista notou que os interesses político-militares e econômicos estão estreitamente ligados, mas os interesses comerciais podem ser mais importantes hoje em dia.

Anuradha Chenoy frisou que os interesses da China e dos EUA estão interligados e que nos EUA há muito investimento chinese. Por isso, o governo norte-americano teme um pouco a China, pois sanções contra Pequim podem afetar os interesses estadunidenses.

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