Os autores do estudo, Tian Dongdong, Yao Jiawen e Wen Lianxing, citados pela agência de notícias AP, assinalam que o terremoto de magnitude 6,3, que aconteceu oito minutos e meio depois do teste nuclear em 3 de setembro de 2017, foi "um colapso quase vertical na área em direção ao centro dos testes nucleares", seguido por um "enxame sísmico" em outros lugares.
O estudo, cujo resumo foi publicado nesta semana no site da universidade, sairá na revista Geophysical Research Letters.
Em outubro passado, especialistas do Instituto dos EUA e Coreia da Universidade Johns Hopkins atribuíram à chamada "síndrome de montanha cansada" os eventos sísmicos registrados perto de Punggye-ri após realização da simulação subterrânea de uma bomba de hidrogênio de 250 quilotons.
A síndrome é resultado de múltiplas detonações subterrâneas que consideravelmente alteram as caraterísticas das rochas ao redor. As explosões provocam extensa fratura das rochas que vão crescendo e incrementam a permeabilidade da massa de rochas e de algumas falhas tectônicas. A zona de deformações não elásticas pode compreender centenas de metros.
Dos seis testes nucleares subterrâneos, organizados pela Coreia do Norte até hoje, cinco podem ter sido postos em ação em túneis debaixo do monte Mantap, na província de Hamgyong do Norte.
Como consequência, pesquisadores chineses chamam atenção da população devido ao risco de radiação criado pelo colapso da zona.
É de assinalar que um membro anônimo de equipes científicas chinesas teria comunicado que esse colapso poderia explicar por que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, declarou na sexta-feira (20) que vai congelar a atividade nuclear e fechar a zona.
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, anunciou a suspensão de testes nucleares e de mísseis a partir de 21 de abril e o fechamento da zona de testes nucleares Punggye-ri.