'Norte-americanos simplesmente sepultaram a fama de seus armamentos'

© Sputnik / Igor Ermachenkov / Acessar o banco de imagensFragmentos dos mísseis lançados pela coalizão internacional contra Síria
Fragmentos dos mísseis lançados pela coalizão internacional contra Síria - Sputnik Brasil
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Ontem (25), o Estado-Maior russo fez uma demonstração de destroços dos mísseis lançados contra a Síria pelas forças da coalizão dos EUA e aliados.

Em uma conversa com a Sputnik, Araik Stepanyan, da presidência da Academia de Problemas Geopolíticos, comentou os resultados do ataque de mísseis contra o país árabe. 

De acordo com os militares russos, a maior parte dos mísseis lançados pela coalizão foi abatida pelos sistemas de defesa antiaérea de fabricação russa, enquanto outra parte ficou inoperacional na hora de voo. Como resultado, apenas 22 mísseis de 105 conseguiram atingir seu alvo.

Durante a apresentação, foram demonstradas partes dos mísseis de baseamento naval estadunidenses Tomahawk, bem como mísseis de cruzeiro de baseamento aéreo de produção britânica e francesa SCALP e Storm Shadow.

O bom estado dos elementos dos projéteis e a ausência de vestígios de fogo indica o evidente uso de sistemas de defesa antiaérea contra os mísseis, explicou o especialista do Estado-Maior Sergei Beznogikh. 

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O militar frisou também que a presença de orifícios de ponta a ponta na borda dos mísseis é uma prova evidente do impacto com os sistemas antiaéreos sírios.

Sergei Rudskoy, chefe da Direção-Geral Operacional do Estado-Maior das Forças Armadas russas, por sua vez, relembrou que a maior parte do armamento de alta precisão da coalizão síria foi interceptada pelos complexos soviéticos "datados de há 40 anos", tais como o S-125, o Osa e o Kvadrat. Vale ressaltar que as modernas armas russas não foram acionadas durante o ataque, pois os mísseis não visaram a zona de responsabilidade russa, explicou o general.

Araik Stepanyan, da presidência da Academia de Problemas Geopolíticos, falou com o serviço russo da Rádio Sputnik para comentar a situação.

"O fato de quase 70% dos mísseis lançados contra a Síria terem sido abatidos ou, de qualquer maneira, não terem atingido o alvo, significa que os norte-americanos têm problemas sérios com o seu armamento. O mito de que eles têm as armas mais modernas, ou, segundo Donald Trump, as mais 'inteligentes', desapareceu. Os norte-americanos simplesmente sepultaram a fama de seus armamentos. Tanto mais que dois mísseis, não sei se são inteligentes, mas os chamaria de ‘conscienciosos', agora estão conosco e nossos especialistas estão os examinando", disse o especialista.

Em opinião dele, os resultados dos ataques dos EUA e seus aliados contra a Síria simplesmente vão minar as posições dos norte-americanos no mercado de armamentos.

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"A partir de agora, os EUA não podem dizer no mercado de armamentos que comprem os seus Tomahawk, que são os melhores e os mais modernos. A Turquia está disposta a adquirir os nossos sistemas S-400, enquanto os norte-americanos os tentaram convencer a desistir da compra — tipo, os armamentos norte-americanos são melhores. A Turquia não cedeu, e agora os turcos veem que tinham razão. Trump convenceu a Arábia Saudita a fazer compras maciças de armas norte-americanas. Hoje em dia, os sauditas veem que gastaram dinheiro em vão. Porque as armas russas, que nem são as mais modernas ao serviço do exército sírio, lidam perfeitamente com os tão gabados mísseis norte-americanos", opinou.

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