Cientistas russos 'ressuscitam' espécie de humanos extinta há 300 mil anos (FOTO)

© Sputnik / Sergey PyatakovReconstrução da espécie Homo naledi, mostrada na exposição "O Dia do Elo Perdido: Homo naledi", em Moscou
Reconstrução da espécie Homo naledi, mostrada na exposição O Dia do Elo Perdido: Homo naledi, em Moscou - Sputnik Brasil
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Antropólogos da Universidade Estatal Lomonosov de Moscou reconstruíram a aparência do Homo naledi, uma espécie humana paralela à nossa que desapareceu há 300 mil anos.

Os restos de 15 exemplares desta espécie, que pode ter sido a mais antiga do gênero Homo, foram encontrados em 2013 em uma caverna da África do Sul, surpreendendo os especialistas por todo o mundo.Inicialmente, acreditava-se que se tratava do Homo habilis, nosso antepassado direto, mas logo se tornou evidente que era uma espécie desconhecida até então. 

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A espécie recebeu o nome de Homo naledi, o que significa "homem das estrelas" em uma das línguas locais.

As particularidades de seus esqueletos fizeram com que especialistas chegassem à conclusão que não era um elo de nossa cadeia evolutiva mas uma espécie de humano de uma cadeia alternativa. No entanto, tal como o Homo floresiensis e o Homo neanderthalensis, o Homo naledi não sobreviveu até os nossos dias.

Os modelos físicos e virtuais de nosso antigo parente foram apresentados na exposição "O Dia do Elo Perdido: Homo naledi", que decorreu em Moscou.

"Todas as pessoas estão interessadas em conhecer o seu passado. Se conhecermos a vida de nossos antepassados, o passado das espécies alternativas e as razões pelas quais desapareceram do planeta, talvez esta informação ajude a humanidade moderna a sobreviver em um momento crítico", explica o professor da Faculdade de Biologia da Universidade Lomonosov e um dos organizadores do evento, Stanislav Drobyshevsky.

© Sputnik / Sergey PyatakovReconstrução da espécie Homo naledi, apresentada na exposição "O Dia do Elo Perdido: Homo naledi", em Moscou
Reconstrução da espécie Homo naledi, apresentada na exposição O Dia do Elo Perdido: Homo naledi, em Moscou - Sputnik Brasil
Reconstrução da espécie Homo naledi, apresentada na exposição "O Dia do Elo Perdido: Homo naledi", em Moscou

A maior surpresa foi quando os cientistas realizaram a datação dos restos, que mostrou a faixa máxima de 335 mil anos de antiguidade. Isso significa que os Homo naledi viveram no mesmo tempo que nossa própria espécie, o Homo sapiens.

A descoberta coloca perante os especialistas uma série de questões ainda por responder: Como conseguiram sobreviver durante tanto tempo? Por que desapareceram? Como seus restos acabaram ficando em uma caverna onde se pode entrar apenas por um buraco de 20 centímetros?

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