Não é só bomba nuclear: Trump quer que Coreia do Norte elimine armas químicas e biológicas

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não deve se dar por satisfeito apenas com a desnuclearização da Coreia do Norte, que será discutida na cúpula com o líder norte-coreano Kim Jong-un, e tende a buscar o desmantelamento de outras armas do país asiático.

Em uma conferência telefônica com repórteres asiáticos após a cúpula de dois dias entre Trump e o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, o embaixador dos Estados Unidos no Japão, Bill Hagerty, declarou que os EUA querem o fim de armas químicas e biológicas de Pyongyang.

"Tivemos amplas discussões sobre o tema e se estendeu além da desnuclearização aos temas de armas químicas e biológicas também. A intenção do presidente é ver todas essas armas de destruição em massa eliminadas da península coreana e a estratégia permanece a mesma em termos de aspectos completos, verificáveis e irreversíveis da desnuclearização", afirmou.

Nesta foto sem data que foi divulgada pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte em Pyongyang no dia 7 de Março de 2017, o líder da Coreia do Norte Kim Jong-un supervisou o lançamento de mísseis balísticos das unidades da artilharia de Hwasong das Forças Estratégicas do Exercito Popular da Coreia - Sputnik Brasil
Coreia do Norte começa a testar mísseis dotados de armas biológicas

As armas químicas e biológicas norte-coreanas já foram noticiadas no passado. Em outubro de 2017, o relatório divulgado em outubro pelo Centro Belfer da Escola Kennedy da Universidade de Harvard indicou que Pyongyang já possui armas biológicas e suas instalações industriais são capazes de produzir essas armas. Já a Coreia do Norte negou ter tais armas.

Questionado sobre o tempo que Washington daria para Pyongyang implementar a sua desnuclearização, Hagerty preferiu contemporizar e não responder – especula-se que Trump dará seis meses para Kim pôr fim ao seu programa nuclear –, focando suas atenções na construção de uma agenda exequível.

"Deixe-me ser claro que uma reunião entre os dois líderes não é um fim em si mesmo. O presidente não tem interesse em ter uma reunião em nome da reunião", observou Hagerty. "Tudo isso visa assegurar que tenhamos uma reunião construtiva e que avance nossa agenda".

Ainda não há data e local definidos para o histórico encontro entre Trump e Kim, mas a expectativa é que a reunião aconteça entre maio e junho. Altos funcionários dos dois países têm mantido contato frequente para acertar os últimos detalhes da cúpula – o diretor da CIA, Mike Pompeo, recentemente se reuniu com o líder norte-coreano como parte dos preparativos.

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