Os comentários de Pompeo ocorreram em audiência ao Comitê de Relações Exteriores do Senado, em meio a crescentes tensões entre Washington e Moscou, alimentadas por uma série de tweets do presidente Donald Trump advertindo a Rússia que os ataques militares contra a Síria após o suposto uso de armas químicas por tropas de Bashar Assad em Douma.
Fim da 'política flexível'
Durante o depoimento de quinta-feira, disse que os EUA devem adotar uma postura mais dura contra a Rússia e intensificar a pressão sobre o governo do presidente Vladimir Putin. Ele pediu medidas mais duras contra a Rússia por supostamente interferir na Ucrânia e se intrometer nas eleições de 2016, junto com as alegadas violações de direitos humanos.
"A Rússia continua a agir de forma agressiva, possibilitada por anos de política flexível em relação a essa agressão", disse Pompeo ao comitê do Senado. "Agora acabou."
"A lista de ações que este governo tomou — estou feliz em percorrer cada uma delas", disse Pompeo. "Algumas semanas atrás, os russos se encontraram e centenas de russos foram mortos".
Pompeo estava se referindo a um incidente em fevereiro, quando a coalizão liderada pelos EUA lançou ataques aéreos na Síria, que supostamente mataram 100 tropas pró-governo. Moscou disse que várias dezenas de cidadãos russos ficaram feridos nos confrontos, mas nenhum foi militar.
Moscou alertou repetidamente contra o fornecimento de armas à Ucrânia, afirmando que tal ação só intensificaria o conflito militar na região leste de Donbass, em andamento desde 2014.