Na quarta-feira (11), o chefe do Centro Russo de Reconciliação na Síria, o major-general Yuri Yevtushenko, declarou que o governo sírio assumiu o controle da região de Ghouta Oriental, subúrbio de Damasco, que estava sob o controle dos militantes do grupo radical Jaysh al-Islam.
Para o professor da Academia de Diplomacia junto do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Vavilov, a retomada do controle sobre Ghouta Oriental é uma vitória marcante.
"O que é o mais importante é que essa região era o último bastião dos terroristas perto da capital. O fato de os terroristas terem sido expulsos dali e acordado que eles vão abandonar essa região estrategicamente importante é uma grande vitória. É de assinalar o papel do Centro Russo de Reconciliação, porque sem seus esforços, sem sua mediação, evidentemente, teria sido muito difícil e, possivelmente, até impossível chegar a um acordo", disse ele em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.
"É de assinalar que as nossas ações contrastam muito com as da chamada coalizão norte-americana, que bombardeou Raqqa e abandonou-a, até agora as ruas estão cheias de cadáveres em decomposição, todos sabem que a cidade vive uma catástrofe humanitária. Ao contrário, nossos militares não apenas evacuaram os civis das regiões perigosas, mas também lhes forneceram, com a mediação do nosso centro, roupas, ajuda médica, moradia – eles não tiveram isso durante muito tempo, quando os bandidos operavam na região", explicou ele.
O Centro Russo de Reconciliação na Síria continua o trabalho de evacuação dos militantes e suas famílias de Douma. Durante a operação em Douma, foi possível evacuar mais de 165 mil pessoas e libertar 250 reféns dos grupos armados ilegais.