Opinião: 'Países ocidentais são representantes dos terroristas'

© AP Photo / Hussein MallaMilitar norte-americano na cidade de Manbij, Síria
Militar norte-americano na cidade de Manbij, Síria - Sputnik Brasil
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Especialistas sírios falam sobre o possível ataque dos EUA e seu aliados contra a Síria e declaram que em caso de ataque a resposta de Damasco será destruidora.

Segundo o cientista político sírio Faiz Hawalah, a reunião do Conselho de Segurança da ONU de terça-feira (10) revelou que o mundo estrou no período de decadência moral da diplomacia internacional. Para ele, essa afirmação pode ser representada por uma oração subordinada: "nós, EUA, Reino Unido, França e Israel, bem como seus aliados, somos representantes dos terroristas e vamos defendê-los até o fim". 

O especialista declarou que esses países estão realizando numerosas "provocações a nível diplomático, militar, político e social para desencadear uma guerra mais grave no território sírio". É mais um novo desafio para Damasco e Moscou.

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"O ataque na Síria pode se tornar uma salvação para acalmar a situação interna na sociedade norte-americana. A guerra contribuirá para a redução de seu déficit orçamental porque neste caso o preço do petróleo aumentará de repente. Isso enriquecerá os países do golfo Pérsico que, por sua vez, financiam os projetos norte-americanos por todo o mundo", explicou Hawalah à Sputnik Árabe

O cientista político Salah al Nashawati, revelou à Sputnik Árabe que a encenação de um ataque químico na cidade síria de Douma foi benéfica para os inimigos da Síria por várias razões. 

"A Arábia Saudita sabe que se os terroristas do grupo Jaysh al-Islam abandonarem Ghouta Oriental e saiarem para Idlib, perderá o instrumento de pressão sobre a situação na capital síria e não poderá desempenhar o mesmo papel nas negociações em Genebra", afirmou ele.

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A segunda razão é a tentativa de Israel de realizar o golpe mais forte possível contra Irã para colocar fora de perigo o seu território do vizinho indesejável.

Para o cientista político Somar Saleh, "a Rússia hoje em dia oferece um modelo de mundo multipolar baseado nos princípios do respeito do direito internacional, proteção de soberania e fronteiras de outros países".

"No âmbito desse modelo, a Rússia está combatendo contra o terrorismo. É difícil imaginar que ela recuse seu papel no campo político, militar ou de informação", opinou ele.

Segundo Saleh, apesar de todas as declarações sobre o possível ataque contra a Síria, o presidente dos EUA Donald Trump, sendo um homem de negócio, considerará várias opções da política externa do país que forem mais vantajosas. 

"Se os EUA, Reino Unido e França decidirem realizar ataque contra a Síria, a resposta será destruidora. A Síria tem grandes capacidades de autodefesa, todos lembram dos aviões e mísseis israelenses derrubados", concluiu ele.

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Anteriormente, o Ocidente acusou Damasco do alegado ataque com bomba de cloro gasoso na cidade de Douma, situada em Ghouta Oriental, o que supostamente resultou na morte de dezenas de civis. 

Damasco afirmou repetidamente que não possui armas químicas. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou que as falsas denúncias de ataques químicos visam proteger os terroristas e justificar uma intervenção militar estrangeira na Síria.

Em 10 de abril, a Rússia e os EUA apresentaram ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) suas propostas de resolução sobre investigação do uso de armas químicas na Síria. As duas resoluções foram rejeitadas.

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