'Rei dos insultos', Duterte chama oficial da ONU de 'filho de uma prostituta'

© REUTERS / EZRA ACAYANPresidente filipino Rodrigo Duterte aponta a fotógrafos durante uma cerimônia de premiação dos trabalhadores do governo, no Palácio Malacanang, Manila, Filipinas. 19 de dezembro de 2016
Presidente filipino Rodrigo Duterte aponta a fotógrafos durante uma cerimônia de premiação dos trabalhadores do governo, no Palácio Malacanang, Manila, Filipinas. 19 de dezembro de 2016 - Sputnik Brasil
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O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, mais uma vez insultou uma importante figura mundial, desta vez chamando o chefe de Direitos Humanos da ONU de "filho de uma prostituta" de cabeça grande e vazia.

"Olha, você tem uma cabeça grande, mas está vazia. Não há matéria cinzenta entre as orelhas. É oco. Está vazio. Não pode sequer sustentar um nutriente para o seu cabelo crescer, porque o cabelo dele desapareceu", disse Duterte enquanto tocava a cabeça.

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A observação, feita durante um discurso na última terça-feira, foi em referência ao Comissário de Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra'ad Al Hussein.

No mês passado, Zeid criticou o líder filipino, dizendo que ele precisava de uma "avaliação psiquiátrica", enquanto também criticava Duterte por agredir verbalmente a relatora da ONU, Agnes Callamard, com "os termos mais sujos".

"Ei, filho de uma prostituta, seu comissário, eu preciso ir a um psiquiatra?", questionou Duterte durante o discurso. "O psiquiatra me disse: 'Você está bem, prefeito. Você só gosta de xingar", disse ele, referindo-se ao seu antigo cargo. Duterte mencionou que ele havia sido aconselhado a se abster de comentar a observação de Zeid, mas disse que queria "buscar vingança".

As declarações chegam enquanto a ONU lidera uma investigação sobre supostos abusos e execuções extrajudiciais relacionadas à controversa guerra de drogas de Duterte. Ele está sendo liderado por Callamard, em quem o líder filipino disse que iria "dar um tapa" se ela o investigasse. Duterte também ordenou que as autoridades não cooperassem com a apuração.

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A polícia das Filipinas diz que matou cerca de 4.100 suspeitos em operações antidrogas desde julho de 2016. No entanto, grupos de direitos humanos afirmam que o número é três vezes maior e acusaram as autoridades por assassinatos. Em 2016, o próprio Duterte disse que ficaria "feliz em abater" viciados em drogas da mesma maneira que Adolf Hitler matou judeus.

As observações de "cabeça vazia" são as últimas do vasto portfólio de insultos de Duterte, dirigidas aos líderes mundiais. Seus maiores sucessos incluem chamar o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de "filho da p*" e dizer-lhe para "ir para o inferno". Ele também ameaçou "incendiar as Nações Unidas" e chamou o ex-secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, de "diabo".

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