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Celso de Mello responde a general em voto: 'Julgamento não pode se submeter a pressão'

© Lula Marques / AGPTMinistra Cármen Lúcia, presidente do STF, e o ministro Celso de Mello
Ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, e o ministro Celso de Mello - Sputnik Brasil
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O ministro do STF Celso de Mello usou seu voto na consideração sobre o pedido de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para responder a tweet do comandante-geral do Exército Brasileiro, Eduardo Villas Bôas. O militar sugeriu que, em caso de julgamento favorável a Lula, o Exército estará "atento aos seus deveres institucionais".

Comentando o pronunciamento do general, Mello disse que todos os cidadãos têm direito à livre expressão de suas ideias e pensamentos. Ele, no entanto, destacou que a "Constituição não pode se submeter ao império dos fatos e circunstâncias" e que "julgamentos da Corte não podem se submeter a pressões externas".

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Recado? General diz que Exército está 'atento' às vésperas de julgamento de Lula
Em crítica velada à fala de Villas Bôas, o ministro continuou afirmando que os "poderes do Estado são essencialmente definidos e limitados pela própria carta política" e que pode ser abusiva ou ilegal a utilização do clamor público como justificativa da prisão cautelar. "Nada compensa a ruptura da ordem constitucional", completou.

Fazendo aparente referência ao julgamento de Lula, o comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Villas Boas, afirmou na noite de terça-feira que os militares estão atentos "às suas missões institucionais" e repudiou qualquer sinal de impunidade.

"Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais", comentou.

A declaração gerou críticas contundentes da Anistia Internacional e forçou o ministro da Segurança Pública a se pronunciar, amenizando a fala e negando possibilidade de Golpe de Estado.

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