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'Decime qué se siente': Argentina deve ter torcida maior do que Brasil na Rússia

© Valter Campanato/ Agência Brasil / Acessar o banco de imagensTuristas argentinos em Brasília durante a Copa do Mundo FIFA de 2014
Turistas argentinos em Brasília durante a Copa do Mundo FIFA de 2014 - Sputnik Brasil
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A pouco mais de dois meses para a Copa do Mundo, os brasileiros estão na quinta posição do ranking de estrangeiros que devem comparecer ao Mundial na Rússia, como indica o balanço de ingressos divulgado hoje pela FIFA. Faltando apenas a fase final de vendas, os principais rivais do Brasil, os argentinos, estão em segundo lugar.

De acordo com a FIFA, desde que os bilhetes começaram a ser vendidos, em setembro passado, 1.698.049 ingressos já foram alocados para torcedores de todo o mundo, sendo 53% desse total para pessoas de fora do país-sede. 

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O ranking publicado nesta terça-feira mostra que, depois dos russos, os cidadãos dos Estados Unidos devem ser os mais numerosos no evento na Rússia. Os norte-americanos respondem, até agora, por 16.462 entradas para jogos do Mundial, seguido por argentinos (15.006), colombianos (14.755), mexicanos (14.372) e brasileiros, para os quais foram alocados 9.962 ingressos. O top 10 é completado por peruanos (9.766), chineses (6.598), alemães (5.974), australianos (5.905) e indianos (4.509). 

Apesar da diferença significativa no número de bilhetes adquiridos entre fãs do Brasil e de outros países do continente americano, como a FIFA realiza um sorteio para compra após as solicitações, não está claro se a lista corresponde proporcionalmente à procura por bilhetes em cada um desses países. Seja como for, a possibilidade de os argentinos serem mais numerosos do que os brasileiros na Copa, quatro anos depois de chegarem à final, no Maracanã, cantando canções que atiçavam as rivalidades históricas entre os dois países, já está incomodando muita gente. 

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Para o torcedor mineiro Tauan Fróes, essa possível presença maior de torcedores da Argentina no Mundial pode ser explicada pelo fato de os hermanos "terem uma paixão maior" pela equipe nacional. Segundo ele, apesar da rivalidade, o clima entre brasileiros e argentinos na competição deve ser bom. A não ser que tenha um confronto direto entre os dois países. 

"Não chega a me incomodar, pois tenho boas relações com argentinos. Me dou bem com eles. Porém, os argentinos, quando estão torcendo, são bem inconvenientes (risos). Até presenciei a invasão deles em Belo Horizonte [em 2014] e acabei ficando no meio de um conflito de garrafas entre eles, os brasileiros e a polícia, que teve que dispersar. Acredito que o fato de estarmos na Rússia vai nos aproximar, pela nossa conexão latina e a similaridade de idiomas. Mas, se der um Brasil x Argentina, o bicho pega (risos)", disse à Sputnik Brasil.

Tauan, economista da cidade de Raposos (MG), disse ter comprado dois ingressos para ver a Seleção Brasileira na Rússia. Mas, se tivesse mais dinheiro, compraria mais.

"Apesar de pensar sobre a corrupção na FIFA e na CBF, é difícil segurar uma paixão que é o futebol. Além disso, a experiência multicultural em outro país vai valer muito a pena", explicou. 

Embora a distribuição de ingressos reflita o que se pode esperar, em termos de torcida, nos estádios da Copa, ela não abrange a totalidade de torcedores que se deslocarão até a Rússia para acompanhar de perto um dos maiores eventos do planeta. 

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Esse é o caso da paulista Juliana Santiago. Em entrevista à Sputnik, ela afirmou estar tentando há meses comprar bilhetes para o Mundial, mas sem sucesso. Mesmo que não consiga, Juliana não vai desistir da viagem: 

"Mas, se os ingressos não acontecerem, nosso lado turista já está ativado e estamos nos programando pra não passar o mês rodando a Rússia em vão", disse a torcedora.

A venda de última hora dos ingressos para a Copa do Mundo FIFA de 2018 terá início no próximo dia 18, às 12h, horário de Moscou, no site da Federação Internacional de Futebol

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