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Lula: 'Não aceitei a ditadura militar e não vou aceitar a ditadura do MP e do Moro'

© REUTERS / Paulo WhitakerLula, ex-presidente do Brasil
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a se declarar inocente, pediu um julgamento justo na próxima quarta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF), e sugeriu que gostaria de abordar a sua situação em um debate com o juiz federal Sérgio Moro.

As afirmações foram feitas durante um ato intitulado em Defesa da Democracia, realizado na noite desta segunda-feira no Circo Voador, no Rio de Janeiro, e que reuniu parlamentares do PT, PSOL, PSB, PCdoB.

"Eu não vim aqui pra defender minha candidatura, vim defender minha inocência. Eles precisam me devolver. Quero que eles parem de mentir a meu respeito. Digam a verdade. Quero ser julgado com base no mérito do meu processo", disse Lula.

Na próxima quarta-feira, Lula terá o seu pedido de um habeas corpus preventivo julgado pelo STF. Caso não seja concedido, além de consolidar o entendimento pela prisão de réus condenados em segunda instância, a Corte permitirá que o petista seja preso ainda nesta semana.

O ex-presidente pediu que "a Suprema Corte apenas faça Justiça", garantindo que não quer um benefício pessoal, mas sim ser julgado "pelo mérito do processo", o que o petista seguidas vezes declarou não provar que ele é o dono do tríplex do Guarujá (SP).

"Não aceitei a ditadura militar e não vou aceitar a ditadura do MP [Ministério Público] e do [juiz federal Sérgio] Moro", continuou Lula, em referência à instituição que o denunciou e ao magistrado que o condenou, em primeira instância, a 9 anos e 6 meses de prisão – a decisão subiu para 12 anos e 1 mês por decisão do Tribunal Regional da Quarta Região (TRF-4).

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"Não pensem que a luta é fácil. E não tem problema que a gente perca uma luta, mas não podemos perder a disposição de lutar", destacou o petista. O ex-presidente ainda atacou a Rede Globo, citou Getúlio Vargas e mencionou em mais de uma oportunidade o nome de Marielle Franco, vereadora que foi morta há quase 20 dias no Rio.

"Se Getúlio tivesse em vida 10% do apoio que teve depois de morrer não teria se matado. Se a Globo tivesse falado da Marielle em vida 0,5% do que falou quando ela morreu, talvez ela não tivesse sido morta […] A democracia pra mim não é uma coisa pequena. Não é só dizer que eu tenho o ‘direito de ir e voltar’. Mas de fato permitir que ir e volte. A Marielle foi e não voltou", afirmou.

Apesar de ser um ato da esquerda, Lula ressaltou que é preciso respeitar as ideias contrárias e evitar a violência como arma política. "A democracia só vai se consolidar quando aprendermos a conviver na adversidade. Isso não é uma seita. É aprender a respeitar a liberdade do outro", concluiu.

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