As primeiras medidas da proteção da localidade, que está limitada de um lado pelo deserto e pelo mar do outro, começaram ainda em 1931.
Até 1975 foi criada uma zona de contenção com árvores ao longo de 100 hectares, segundo afirma Lusa Lucas Lipulene, responsável do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) do Tômbwa, citado pelo Diário de Notícias.
Segundo Lusa Lucas Lipulene, o deserto continua ameaçando, pois se trata de um fenômeno natural. O IDF apenas pode minimizar o avanço das areias com plantação de árvores.
"Só nos últimos anos, a areia já tomou conta do cemitério do município, dando o mesmo destino ao novo que foi, entretanto, construído "sem que ninguém tivesse sido lá enterrado. Também os muros do quartel dos bombeiros foram engolidos pela areia", conta engenheiro que desde 1995 se dedica à contenção do avanço do deserto para a localidade.
O problema do avanço das areias preocupa localidades locais. Benvinda Mateus, administradora-adjunta do município do Tômbwa, confessou à agência Lusa que "é um dos motivos que às vezes nos faz perder o sono".
Além de proteger a área, este arbusto pode produzir alimentos para os animais. Essas medidas, conforme Lucas Lipulene, já tem ajudado a combater desertificação. No entanto, Benvinda Mateus admitiu a necessidade de realizar estudo de impacto ambiental sobre os efeitos que a areia do deserto tem nas acessibilidades do município.
"Mas estamos no deserto, temos fortes ventos e é a natureza que manda", resumiu a administradora-adjunta.