15 anos de operação dos EUA: iraquianos recordam torturas sofridas em Abu Ghraib

© AP Photo / Karim KadimGuardas na prisão de Abu Ghraib, Iraque (foto de arquivo)
Guardas na prisão de Abu Ghraib, Iraque (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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No aniversário de 15 anos da operação militar dos EUA – Choque e pavor (Shock and awe) – no Iraque, ex-prisioneiros da penitenciária iraquiana de Abu Ghraib falaram com a agência Ruptly sobre os horrores vividos.

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Quatro ex-prisioneiros revelaram ter pesadelos, que até então não saem da cabeça. Um deles acrescentou que foi torturado com água e que até hoje não consegue tomar banho tranquilamente. Outro contou que dos seus braços foram retiradas próteses sem anestesia. Eles eram atacados por cachorros e recebiam chutes dos oficiais, mas, em primeiro lugar, "eram destruídos psicologicamente", detalharam os entrevistados.

Eles reconhecem que, depois de saírem da prisão, não deixaram de ter medo dos militares norte-americanos até mesmo quando os encontram em lugares públicos.

"Todas as vezes que os encontrava na rua, era tomado por medo de voltar para a prisão, onde era torturado", ressaltou um deles.

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Segundo outro, eles acreditavam que os norte-americanos teriam chegado para salvá-los do regime opressor, mas o oposto aconteceu: mostraram-se ser assassinos, principais criminosos mundiais; "neles não há nada de humano".

"Não posso dormir — constantemente vejo torturas e ouço gritos", declarou um deles.

Em 2003, as tropas norte-americanas deram início à operação Choque e pavor, que depois foi batizada de Operação Liberdade. Após a invasão dos EUA, a prisão Abu Ghraib, que está situada em uma cidade com o mesmo nome nos arredores de Bagdá, transformou-se no principal lugar onde mantinham os iraquianos acusados de crimes contra a coalizão ocidental. Os prisioneiros foram torturados, muitos deles morreram.

Somente 12 militares foram reconhecidos culpados pelas torturas em Abu Ghraib, tendo recebido diferentes sentenças de prisão. No entanto, o tribunal não encontrou culpa dos altos funcionários do Pentágono no acontecido.

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