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Fundo de ajuda para refugiados venezuelanos pode sair, afirma Meirelles

© Foto / UNODCMigrantes venezuelanos seguram de cartazes à procura de trabalho na cidade brasileira de Boa Vista, estado de Roraima, outubro de 2017.
Migrantes venezuelanos seguram de cartazes à procura de trabalho na cidade brasileira de Boa Vista, estado de Roraima, outubro de 2017. - Sputnik Brasil
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Ministros das Finanças de 15 países que participam da reunião do G20 discutiram a possibilidade de criar um fundo de ajuda administrado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para refugiados venezuelanos, disse nesta segunda-feira o ministro da Fazenda do Brasil, Henrique Meirelles.

"Foi sugerido que esta organização [o FMI] organize um fundo multilateral que possa ser usado para ajudar os refugiados", disse Meirelles em uma conferência de imprensa, como parte da reunião ministerial realizada pelo G20 em Buenos Aires.

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Os países que discutiram esta iniciativa são Argentina, Alemanha, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Japão, Itália, México, Peru, Paraguai e Reino Unido.

O montante atribuído a esse fundo não foi definido, mas o objeto da discussão avançou sobre "como criar mecanismos de apoio para os refugiados que estão para sair da Venezuela ou que já emigraram", acrescentou Meirelles.

A reunião em que estes 15 países participaram ocorreu durante a reunião dos ministros das Finanças e dos governadores dos bancos centrais do G20 que acontece na capital argentina entre esta segunda e terça-feira.

Os ministros das Finanças voltarão a esta questão em meados de abril, na reunião que o FMI realizará em Washington.

Durante a reunião, que teve como eixo principal a situação que atravessa a Venezuela, "cada país fez uma descrição das questões diretamente relacionadas ao problema e seu impacto em cada país", explicou Meirelles.

"Há um consenso de que devemos intervir para resolver o problema com essa questão humanitária", disse o ministro brasileiro.

É por isso que os países que participam da reunião concordam em "tomar medidas que favorecem a mudança de situação e regime", acrescentou.

"No caso do Brasil, foi mencionada a dívida de US$ 1,3 bilhão que a Venezuela tem conosco e a decisão tomada pelo governo [de Michel Temer] para cobrar esse montante" que o presidente venezuelano de Nicolás Maduro já começou a pagamento, o ministro reconheceu.

Da mesma forma, "alguns países exigem seus respectivos pagamentos". "Para o Brasil é necessário considerar isso", insistiu Meirelles.

Moedas virtuais e protecionismo

Em outra ordem de assuntos, os ministros também discutiram criptomoedas, "transações digitais que são um caminho natural", acrescentou. Na ausência de legislação sobre esta questão, as criptomoedas serão um dos eixos centrais que serão debatidos durante a reunião ministerial do G20.

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O Brasil aproveitou a oportunidade para insistir em sua oposição às políticas protecionistas "que acentuam a recessão global" e celebrou o consenso que existe entre os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul), integrados por seu país, Argentina, Paraguai e Uruguai por lançar um acordo de comércio livre com a União Europeia (UE) e avançar na mesma direção com a Aliança do Pacífico (constituída por Colômbia, Chile, México e Peru).

Nesta primeira reunião dos ministros das finanças do G20, de cinco previstas neste ano, participam 22 ministros das Finanças das economias mais desenvolvidas do mundo, participam 17 presidentes de bancos centrais e 10 representantes de organizações internacionais.

A Argentina, que preside o G20 durante este 2018, acolherá a cúpula dos líderes a serem realizados entre 30 de novembro e 1o de dezembro.

O G20 é composto por 19 países e a União Europeia.

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