'Trump age como empresário e não como político'

© AP Photo / Evan VucciDonald Trump discursando sobre a Estratégia da Segurança Nacional na segunda-feira, 18 de dezembro
Donald Trump discursando sobre a Estratégia da Segurança Nacional na segunda-feira, 18 de dezembro - Sputnik Brasil
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As recentes medidas de Donald Trump no campo tarifário foram vistas por muitos como uma manifestação de guerra comercial e protecionismo exorbitante. A advogada e especialista em direito internacional, Maria Yarmush, comentou a situação, assegurando que a compostura estadunidense viola de fato as regras da OMC.

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Em 1º de março, Trump anunciou que planeja estabelecer uma tarifa de 25% sobre o aço importado e de 10% sobre o alumínio. A China, por sua vez, afirmou que as novas tarifas sobre a importação de aço e alumínio, pretendidas pelo presidente dos Estados Unidos, terão um "enorme impacto" na economia global e que Pequim irá trabalhar com outras nações para preservar seus interesses.

"Do meu ponto de vista, Trump está abusando de cláusulas legais que protegem os interesses nacionais dos EUA no que se trata da introdução de diferentes sanções. De fato, é uma verdadeira guerra comercial, pois estas tarifas obstaculizadoras visam realizar uma política de protecionismo na indústria do aço e alumínio nos EUA, violando todas as obrigações assumidas no âmbito dos acordos assinados na OMC", opinou a especialista russa.

Segundo assegurou Yarmush, os passos do atual presidente dos EUA são pouco racionais do ponto de vista político e são motivados por uma lógica completamente diferente.

"Por isso, estou vendo que Trump age como um empresário e não como um político, de fato isto são medidas populistas para aumentar sua popularidade como presidente no seu país", disse a advogada ao serviço russo da Rádio Sputnik.

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Ademais, a especialista ressaltou a discordância que as respectivas tarifas marcam com os diferentes acordos internacionais, inclusive os celebrados no contexto da Organização Mundial de Comércio (OMC), que de fato servem para reduzir as tarifas e tornar o comércio global mais livre.

"Entretanto, estas tarifas contradizem totalmente todos os acordos que os EUA celebraram, por isso a Rússia e a China têm direito de se dirigirem ao Tribunal Arbitral da OMC exigindo a mudança da situação e o cancelamento destas tarifas. Já os juízes vão considerar até que ponto estas reclamações são justificadas. Para mim, pode haver apenas uma decisão — o reconhecimento que os EUA violam as regras da OMC e o apelo a que parem estas violações", resumiu.

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