Especialista russo explica por que testes nucleares são 'prática comum' inclusive para EUA

© AFP 2023 / ANDREY SMIRNOVMiG-29, IL-78 e Tu-95
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O almirante estadunidense Harry Harris acusou a Rússia de simular ataques nucleares contra os EUA. Em uma entrevista à Sputnik, o especialista em assuntos militares Ivan Konovalov observou que tais treinamentos, inclusive da realização de ataques do tipo nuclear, é uma prática comum, inclusive para os próprios EUA.

Vale relembrar que o militar norte-americano, ao discursar perante o Senado, disse que as forças estratégicas russas estão sendo constantemente modernizadas e efetuam regularmente manobras que simulam ataques nucleares contra a parte continental dos EUA.

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Ademais, ele manifestou a opinião que os bombardeiros estratégicos Tu-95 efetuam voos perto das fronteiras norte-americanas e canadenses com o fim de preparar as tripulações destes aviões. Harris assinalou que as forças de baseamento terrestre também imitam um ataque nuclear contra os EUA durante os exercícios e realizam lançamentos de treino dos mísseis em direção à América do Norte.

Entretanto, o diretor do Centro de Conjuntura Estratégica e especialista em assuntos militares, Ivan Konovalov, falou com o serviço russo da Rádio Sputnik, qualificando a declaração do almirante estadunidense como ao menos bastante estranha.

"Em geral, o teste de uso de armas nucleares é parte do plano geral de utilização das forças armadas de qualquer país. Por exemplo, os franceses também realizam treinamentos que incluem o lançamento de armas nucleares, bem como os britânicos, e obviamente também os norte-americanos", sublinhou.

"Por isso, apresentar quaisquer reclamações ou acusações contra nós… [é injusto]. A existência de armas nucleares em um país do 'clube nuclear' pressupõe que seu uso é possível em algum incidente hipotético. Portanto, é uma declaração bem estranha. Além disso, ele [almirante estadunidense] expressou preocupação com o fato de nós termos recebido novos submarinos atômicos. Será que lá [nos EUA] isso é diferente? Será que eles não têm submarinos com armas nucleares? Aliás, eles têm mais que nós. Então quem deve ficar alarmado — eles ou nós?", resumiu Konovalov.

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