Hungria critica 'cota de refugiados' da UE e diz que cada migrante custa R$115 mil ao país

© REUTERS / Laszlo BaloghRefugiados atravessam fronteira em Zakany, Hungria, 16 de outubro de 2015
Refugiados atravessam fronteira em Zakany, Hungria, 16 de outubro de 2015 - Sputnik Brasil
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O Ministro de Estado da Hungria para comunicação do governo, Bence Tuzson advertiu sobre os enormes custos e as implicações financeiras em permitir que migrantes se instalem no país.

"Com base nestes planos [quotas da UE], a Hungria já teria que admitir mais de dez mil migrantes antes do final deste ano (…) o que teria sérias implicações financeiras", afirmou em uma coletiva de imprensa.

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Em seguida, Tuzson cobrou a delineação dos custos da resolução de migrantes na Hungria, advertindo que poderiam aumentar.

"Tendo em vista o fato de que, de acordo com os planos de Bruxelas, cerca de 9 milhões de forints (R$115 mil) deveriam ser gastos com todos os migrantes, o custo envolvido seria na ordem de 100 bilhões de forints (R$1,2 bi), o que poderia aumentar ainda mais em várias ordens de grandeza nos anos futuros, à custa do orçamento nacional", acrescentou o ministro.

Tuzson usou a Alemanha como exemplo de como os gastos dos migrantes podem subir rapidamente em um curto espaço de tempo. Segundo a autoridade húngara, os gastos com o bem-estar dos migrantes e outros custos associados na Alemanha aumentaram mais de 70% no espaço de um ano, resultando na Baviera "gastando atualmente mais com a migração do que com a própria economia, proteção ambiental e cuidados de saúde juntos".

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A Hungria construiu um muro de fronteira com a Sérvia e a Croácia em 2015, no auge da crise dos migrantes, e pediu à UE que assegure o reembolso da construção. Outra barreira fronteiriça com a Sérvia, que abrange 155 quilômetros, foi concluída no ano passado.

Embora a maioria dos migrantes visam se instalar em Estados-membros mais ricos da UE, como a Suécia e a Alemanha, a Hungria também foi afetada pela crise, já que dezenas de milhares de migrantes atravessavam o país em 2015 para alcançar outras nações europeias.

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